Como você deve ter lido aqui no Hardware.com.br na matéria sobre as principais novidades apresentadas pela Microsoft durante a Build 2015, a companhia apresentou o Continuum, que é um novo recurso que irá modificar a interface do Windows 10, adequando-o aos mais diferentes tamanhos de tela e dispositivos, tais como smartphones, tablets, PC e até televisores.
Com esse recurso, por exemplo, um Windows Phone pode ser transformado em um verdadeiro computador. Para isso, basta conectar o aparelho a um monitor via HDMI, além de incluir teclado e mouse bluetooth. E graças ao conceito de aplicativos universais que a Microsoft está trazendo com o Windows 10, os apps irão se ajustar à tela em que estão sendo visualizados.
Confira abaixo um vídeo do Continuum utilizado através de um Windows Phone:
Mas esse conceito não será utilizado apenas pela Microsoft. A Canonical, que há muito tempo diz querer explorar o potencial dos dispositivos móveis para transformá-los em computadores, vai aproveitar o seu Ubuntu Phone para implementar isso. De acordo com Mark Shuttleworth, Presidente da Canonical, ainda em 2015 será lançado o Canonical Convergence, que oferecerá aos usuários a possibilidade de transformar o Ubuntu Phone em um PC quando este for conectado a um monitor.
A Canonical já está há alguns anos querendo lançar essa feature a um dispositivo. Em 2013 a companhia tentou levantar US$ 32 milhões através de uma campanha de crowdfunding para a viabilização do projeto. Infelizmente, porém, não obteve sucesso. Passados dois anos desde a primeira tentativa, ao que tudo indica a empresa finalmente está pronta para se aventurar nessa nova jogada.
Confira abaixo o vídeo do Ubuntu Edge, que foi a primeira tentativa não concluida de trazer apps convergentes:
Shuttleworth disse que a Canonical está trabalhando com uma fabricante de smartphones, cuja identidade ele preferiu deixar em sigilo. Poderia ser até a BQ, fabricante espanhola responsável pelo primeiro Ubuntu Phone, lançado em fevereiro.
Por enquanto quase tudo em relação ao Convergence da Canonical é um mistério, não sabemos qual será o fabricante, o hardware utilizado ou os meios que serão usados para a conexão. Mas Shuttleworth disse que o smartphone não será tão poderoso como um desktop, mas deve proporcionar uma boa experiência para tarefas do cotidiano.
Mark Shuttleworth
A interface gráfica Unity já está pronta para rodar em diferentes formatos de dispositivos (tablets, smartphones, notebooks, TVs), independente do tamanho da tela. Claro que assim como irá acontecer com o Continuum da Microsoft, no caso da Canonical também haverão apps específicos que serão projetados para essa convegência.
Para aumentar o número de apps universais, Shutleworth está pedindo para os desenvolvedores de aplicações GNOME e KDE começarem a introduzir o conceito de convergência em suas aplicações.
Até lá, a Canonical está se concentrando na nova versão do Ubuntu, a 15.10, que será lançada em Outubro. Será interessante ver essa disputa de apps convergentes entre diferentes plataformas, e com todo o fuzuê que a Microsoft está fazendo em torno disso, se emplacar, a convergência pode virar mais um estágio para o avanço dos dispositivos móveis.
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