Brasileiro que vendeu iPhone feito de argila é condenado a mais de 4 anos de prisão

Brasileiro que vendeu iPhone feito de argila é condenado a mais de 4 anos de prisão

O influenciador Daniel Augusto Bicalho Ferreira de Souza, que ganhou repercussão na mídia em abril por suspeitas de envolvimento no golpe de vender iPhones feitos de argila, foi condenado a quatro anos e um mês de prisão em regime aberto. Daniel também terá que fazer o pagamento de R$ 13 mil para a vítima que o denunciou, além de arcar com 10 dias-multa, no valor de R$ 470,67, pela prática de extorsão e ameaça.

Condenação em regime aberto

Na avaliação do juiz Vitor Marcos de Almeida Silva, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, o crime praticado pelo influenciador, que detém mais de 300 mil seguidores nas redes sociais, caracteriza-se como um delito voltado para o ganho patrimonial fácil e sem consequências graves, como ameaças fatais ou risco de vida para a vítima.

Dessa forma, foi determinado o regime aberto. Durante o dia, Daniel poderá trabalhar, estudar e realizar outras atividades autorizadas pela Justiça. À noite e em dias de folga, ele deverá permanecer recolhido em sua residência. Ele também está proibido de sair da cidade onde reside, salvo com autorização judicial.

Defesa Planeja Recorrer

A defesa de Daniel já anunciou que pretende recorrer da decisão.

“A defesa vem a público manifestar sua inconformidade com a sentença proferida. Ressaltamos que a acusação não apresentou provas robustas que sustentem a condenação, baseando-se exclusivamente no depoimento das supostas vítimas.

É importante destacar que nenhuma arma foi encontrada em posse do réu ou em sua residência durante as buscas realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). As imagens das câmeras de segurança, anexadas ao processo pela defesa, demonstram claramente que a negociação entre as partes ocorreu de forma pacífica, sem indícios de ameaça ou coação.

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Diante dessas inconsistências, a defesa já apresentou recurso de apelação junto ao juízo de primeira instância e aguarda que a justiça seja eficaz na análise desse recurso, para que a sentença seja revista com a devida imparcialidade e fundamentação jurídica.”

O golpe do iPhone de argila: entenda o Caso

Em abril, um casal em Minas Gerais procurou a polícia para denunciar um golpe relacionado à compra de dois iPhones 15.

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a venda dos aparelhos ocorreu em fevereiro deste ano. O casal encontrou o anúncio em uma rede social, e o modelo anunciado era o iPhone 15 Pro Max. O preço divulgado para o aparelho era de R$ 7,5 mil, com a oferta de desconto para a compra de dois, onde cada unidade sairia por R$ 6,5 mil.

O encontro para a negociação ocorreu no dia 23 de fevereiro. No local combinado, o suspeito, um influenciador com quase 300 mil seguidores nas redes sociais, teria ameaçado o casal quando eles pediram para conferir o conteúdo das caixas e teria afirmado que estava armado.

Segundo o delegado Gabriel Teixeira, a vítima realizou o pagamento, e, após o suspeito deixar o local de carro, a mulher abriu as caixas e encontrou os “smartphones” feitos de argila.

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