Volta e meia aparecem alguns levantamentos que refletem a variação do preço do iPhone em uma lista de países, o que também revela o quão mais fácil ou mais difícil é adquirir o dispositivo da Apple, valor que flutua em virtude de muitas questões, incluindo a carga tributária envolvida. O Brasil sempre figura no pódio dessas listas, e não foi diferente agora com os dados divulgados pela HelloSafe Brasil.
O levantamento mostra que o Brasil aparece na segunda colocação entre os países em que o valor da versão mais recente do aparelho, o iPhone 14, é o mais elevado. Em média, o smartphone sai por R$ 8.599,00. Valor que deixa o Brasil atrás apenas da Turquia, que, na conversão para o real, representa uma média de R$ 9.554,12.
Evidentemente o mercado sempre terá uma lista variada de opções de smartphones que podem ser uma alternativa bem mais barata que o iPhone, mas não é possível deixar de fora o fato que o iPhone é um produto altamente procurado, até pelo status que muitos o atribuem, e que um número gigantesco de pessoas também queria ter acesso, assim como outros eletrônicos que podem ser vistos como aparatos de elite.
O ponto central é que a aquisição de eletrônicos no Brasil, de forma bem ampla, é uma tarefa ingrata, considerando os valores praticados. Produtos de entrada no mercado internacional são vendidos como se fossem gadgets topo de linha no país. Algumas constatações chamam a atenção. Por exemplo, o iPhone SE de 128 GB no Brasil é mais caro que o iPhone 14 de 256 GB nos EUA. Os Estados Unidos são favorecidos por uma menor incidência de impostos e a taxa de câmbio também joga a favor.
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A consternação sobre o panorama brasileiro, em termos de eletrônicos, é observado até mesmo por quem acompanha essa realidade apenas por manchetes. Recentemente o youtuber canadense Linus Sebastian, do canal Linus Tech Tips, disse que o Brasil tem tarifas de importação inacreditáveis em eletrônicos (40% do valor do iPhone é imposto).
Linus afirma não compreender essa política, já que se fosse algo mais razoável poderia fazer com que as pessoas pudessem pagar qualquer uma dessas coisas (referindo-se aos eletrônicos), o volume de importação aumentaria, gerando um ganho líquido maior para o setor. Por tabela, o país teria ainda mais tecnologia de ponta, o que também é bom para empresários.
Comparando a realidade, por exemplo, de um produtor de conteúdo brasileiro com um americano, o brasileiro tem uma dificuldade absolutamente maior para adquirir certos eletrônicos fundamentais para o seu trabalho. Além de um puro e simples smartphone, o iPhone também é uma verdadeira ferramenta de trabalho, principalmente olhando pelo lado da produção de conteúdo para redes sociais, como o Instagram. A HelloSafe Brasil também revela que o preço do iPhone subiu 322% no Brasil desde 2010.
Confira abaixo o Top 10 dos países com o iPhone mais caro do mundo, segundo o levantamento da HelloSafe Brasil:
- Turquia: R$ 9.554,12 (33.599 TL)
- Brasil: R$ 8.599,00
- Suécia: R$ 6.587,84 (13 495 kr)
- Hungria: R$ 6.583,51 (509 990 Ft)
- Dinamarca: R$ 6.500,92 (9.299 kr)
- Polônia: R$ 6.497,58 (5 899 zł)
- República Tcheca: R$ 6.358,48 (29 990 Kč)
- Noruega: R$ 6.330,31 (kr 12 290)
- México: R$ 6.235,23 ($23,999)
- Finlândia: R$ 6.077,75 (1 169 €).