Brasil é o terceiro país mais afetado em vazamento de dados do ChatGPT

Brasil é o terceiro país mais afetado em vazamento de dados do ChatGPT

O Brasil se encontra em uma posição indesejada no cenário global de segurança cibernética. O país figura como o terceiro mais afetado em um recente vazamento de dados do ChatGPT, uma tecnologia de inteligência artificial da OpenAI.

Este incidente ressalta a crescente ameaça que os vazamentos de dados representam para os usuários de tecnologia em todo o mundo, e o Brasil, infelizmente, não é uma exceção.

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Mais de 101,1 mil credenciais de acesso ao ChatGPT foram expostas na dark web, uma parte da internet frequentemente associada a atividades ilícitas. O Brasil foi responsável por 6,5 mil dessas contas comprometidas. Este é um número significativo que destaca a necessidade de uma maior conscientização sobre a segurança cibernética no país.

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A região Ásia-Pacífico lidera o ranking de perfis expostos, com a Índia e o Paquistão ocupando as duas primeiras posições. Abaixo você confere o ranking completo, mostrando inclusive a quantidade de contas vazadas por cada país:

  1. Índia: 12,6 mil contas vazadas;
  2. Paquistão: 9,2 mil contas vazadas;
  3. Brasil: 6,5 mil contas vazadas;
  4. Vietnã: 4,7 mil contas vazadas;
  5. Egito: 4,5 mil contas vazadas;
  6. Bangladesh: 4,3 mil contas vazadas;
  7. Estados Unidos: 4,1 mil contas vazadas;
  8. França: 3,9 mil contas vazadas;
  9. Indonésia: 3,7 mil contas vazadas;
  10. Marrocos: 3,5 mil contas vazadas.

O fato de o Brasil estar em terceiro lugar neste ranking indesejado é motivo de preocupação. Isso sugere que os usuários brasileiros do ChatGPT, assim como os de muitos outros serviços online, podem não estar tomando as precauções necessárias para proteger suas informações pessoais.

OpenAI não tem responsabilidade nos vazamentos

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O vazamento, que ocorreu entre junho de 2022 e maio de 2023, não está relacionado a uma falha de segurança nos sistemas da OpenAI ou do ChatGPT. Em vez disso, os dados foram obtidos principalmente por meio de vírus que roubam informações diretamente dos dispositivos dos usuários.

O vírus Raccoon foi identificado como o principal responsável pelos vazamentos, comprometendo cerca de 77% das contas expostas. O vírus Vidar foi responsável por 12,8% dos vazamentos, enquanto o RedLine foi responsável por 6,6% dos vazamentos.

As credenciais vazadas incluem nomes de usuários e senhas. A exposição dessas informações pode revelar dados sensíveis ou confidenciais dos usuários. Isso inclui conversas salvas nas contas comprometidas, que podem conter uma variedade de informações pessoais ou profissionais.

A maior ameaça é a exposição de conversas entre usuários e a inteligência artificial, que podem incluir outras informações confidenciais, como identificadores pessoais ou relacionados ao local de trabalho, incluindo dados corporativos confidenciais“, alerta Satnam Narang, engenheiro sênior de pesquisa da empresa de cibersegurança Tenable.

Onde vão parar os dados vazados?

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Os dados comprometidos são negociados em mercados ilícitos na dark web, onde os cibercriminosos podem adquirir perfis de assinantes da plataforma de inteligência artificial para revender a terceiros por valores abaixo dos cobrados pela OpenAI.

Para mitigar os riscos de futuras violações, os usuários são aconselhados a seguir uma boa “higiene de senha” e habilitar a autenticação de dois fatores. Além disso, é importante realizar uma varredura completa nos dispositivos para identificar e remover possíveis infecções.

No mais, boas práticas de navegação são mais eficazes do que qualquer antivírus para prevenir a infecção do computador por vírus.

Fonte: Group-IB

Sobre o Autor

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Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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