Na semana passada, um ataque hacker atingiu o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), interrompendo diversos serviços e afetando o atendimento à população. Com a ação de um ransomware, criminosos virtuais conseguiram criptografar os sistemas do hospital, exigindo resgate em bitcoin para liberação.
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Localizado no bairro do Butantã, na zona oeste da cidade de São Paulo, o HU-USP atende alunos, professores, funcionários da universidade, bem como a população local em seu pronto-socorro.
O ataque, ocorrido no dia 22 de março, provocou a suspensão de consultas, exames de rotina e agendamentos, restringindo os atendimentos a casos de urgência e emergência.
Fontes ligadas ao hospital informaram que, desde o ataque, os sistemas não funcionam completamente. Para contornar a situação, a equipe teve que recorrer a processos manuais. Computadores foram formatados progressivamente e funcionários precisaram trocar senhas de login.
Os exames de rotina para pacientes ambulatoriais foram temporariamente suspensos, enquanto os atendimentos de pronto-socorro e pacientes internados seguiram ocorrendo. No entanto, os pedidos e resultados desses exames passaram a ser registrados manualmente.
Hospital ainda não é capaz de prestar todos os serviços
O HU-USP informou que medidas de defesa contra ataques cibernéticos foram acionadas e a restauração do sistema está em curso. No entanto, não há prazo definido para a normalização completa. A instituição esclareceu que não pagou nem pretende pagar o resgate exigido pelos hackers e que está trabalhando na recuperação dos backups.
Walter Cintra Ferreira, diretor do hospital, afirmou que todas as máquinas estão sendo formatadas e que os backups estão sendo restaurados. Por enquanto, não foram constatados vazamentos de dados dos pacientes, mas o hospital se comprometeu a comunicar caso algum vazamento seja identificado.
Walter Cintra também confirmou que o HU-USP realmente foi vítima de um ataque de ransomware. Esse é um dos tipos mais perigosos de malware. Ransomware é um tipo de software malicioso que criptografa os dados do usuário ou bloqueia o acesso aos sistemas, exigindo um pagamento (geralmente em criptomoedas) como resgate para restaurar o acesso e descriptografar os arquivos afetados.
Dados divulgados em janeiro de 2023 mostram que a quantidade de ataques de ransomware direcionados dobrou em 2022. Os cibercriminosos passaram a visar também sistemas Linux e um dos grupos hackers mais conhecidos, responsável pelo ransomware LockBit, já disse que vão ser mais agressivos nos próximos ataques.
Segurança cibernética tem que ser reforçada
Este ataque reforça a necessidade de conscientização sobre segurança cibernética e a importância de investimentos em medidas preventivas, tanto para instituições públicas quanto privadas. Além disso, evidencia a vulnerabilidade dos sistemas de saúde, que podem ser prejudicados, colocando em risco a vida de pacientes.
A situação atual do HU-USP afeta não apenas os atendimentos, mas também a rotina de alunos, professores e funcionários da universidade, bem como a população que depende do hospital. É fundamental que medidas sejam tomadas para evitar novos ataques e garantir a segurança das informações e a continuidade dos serviços prestados.
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Fonte: Metrópoles
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