Depois de anunciado o processador ARM Cortex-A15, útil para servidores, ficou claro que a ARM tinha interesse nessa área. Mas não parece ser tanto assim, pelo menos no momento.
O CEO da empresa, Warren East, comentou numa conferência com analistas financeiros sobre a falta de suporte a 64-bit – recurso essencial em vários servidores.
Ele falou que algumas aplicações de servidores dependem de 64-bit. Mas algumas dependem de endereçamento de 40-bit e isso é incluso no Cortex-A15. Apesar do Cortex-A15 ser um processador de 32-bit, ele inclui endereçamento estendido, permitindo gerenciar bastante memória – entre outras coisas. Com certeza existem aplicativos para servidor hoje em que o fato de ter ou não 64-bit não é uma barreira. Apesar de não terem planos recentes de um processador de 64-bit hoje, é claro que poderão ter no futuro.
Tudo bem que pode não ser essencial para várias coisas, mas essa posição confirma que a ARM quer entrar no mercado de servidores devagar, sem dar tanta atenção no momento. E, de certa forma, nem precisa, já que nos dispositivos portáteis ela manda muito bem. A grande vantagem dos processadores ARM em servidores seria o consumo de energia bem mais baixo, ao mesmo tempo mantendo níveis aceitáveis de processamento para vários tipos de aplicações.