Apple Vision Pro terá espaço para conteúdo pornô e pode alavancar produções +18 em VR/AR

Apple Vision Pro terá espaço para conteúdo pornô e pode alavancar produções +18 em VR/AR

Além do alto custo dos seus produtos, não é exagero afirmar que a Apple é uma das poucas empresas no mundo que pode tentar revitalizar um mercado que ainda não engrenou. Nem que essa revitalização seja somente para os seus próprios produtos. O caso mais recente de acerto da Apple nesse sentido foram os relógios inteligentes. A empresa pretende agora tornar headsets de realidade mista mais um item cobiçado por pessoas mundo afora.

Com o Apple Vision Pro, a empresa pretende usar seu forte apelo de marca, atrelado ao status e boa experiência do produto, para tentar colocar tração nessa categoria. Como destacou  Marcel Campos, que atuou por muitos anos na ASUS, e agora está na OnePlus, não se surpreenda se você ver por aí, a partir do no próximo ano, período em que as vendas do headset serão iniciadas, pessoas com esse dispositivo adornando o pescoço nos mais variados ambientes, uma espécie de carimbo sobre aquele poder de compra, e um atestado do uso de um dispositivo da Apple. Isso já é feito com outros dispositivos da gigante da maça.

Além do gadget em si, o universo dos criadores de conteúdo em VR/AR também está salivando com a chegada do Apple Vision Pro ao mercado. Muitas pessoas que sequer ouviram falar sobre esse tipo de dispositivo, ou que não deram nenhuma bola para tudo que envolva realidade virtual ou aumentada, podem se sentir atraídos em passar a consumir produções que foram pensadas para esse outro nível de imersão. E, é claro, precisarão comprar um óculos desse, seja da Apple ou de outra empresa.

3cc919e52b08 apple wwcd23 vision pro lifestyle working 230605

Uma indústria que irá explorar essa possível elevação no hype em torno do VR/AR que o Apple Vision Pro pode oferecer é o ramo das produções pornográficas. Não é nenhuma novidade conteúdo dessa categoria voltado para uma experiência mais imersiva. Em 2015, a Naughtry America, empresa pornô dos EUA, lançou filmes eróticos com suporte a 180º graus. Estamos falando de uma época em que esses conteúdos ainda eram consumidos em sua grande maioria por meio de smartphones que eram acoplados em alguma base que atuava como o headset.

Você também deve ler!

O que é Micro OLED? Saiba tudo sobre a tela usada no Apple Vision Pro

Steve Jobs teria adorado o Apple Vision Pro, afirma autor da biografia do executivo

O mercado de headsets VR/AR evoluiu, assim como a disponibilidade e variedade de conteúdos pornô para atender a esse nicho. Já existem produções em 360º graus, e até mesmo com integração a brinquedos sexuais. Por que se deslocar até um clube de stripe se eu posso projetar a dançarina no meu ambiente, graças a realidade aumentada? Essa é uma das táticas das empresas desse setor para literalmente seduzir pessoas mundo afora e elevar o consumo desse tipo de mídia.

O possível sucesso do Apple Vision Pro, e um efeito tabela, puxando outros dispositivos similares, pode impulsionar também o pornô em VR/AR.

Em declaração ao Tecnoblog, um porta-voz da Apple declarou que o óculos terá espaço para o consumo de materiais pornô. “Qualquer página que possa ser acessada por um navegador, inclusive pornô, vai funcionar perfeitamente no Safari, que vai de fábrica no Vision Pro”, explicou. Graças a integração com o navegador, não seria necessário exatamente um app para isso. Ainda é uma incógnita se a Apple daria espaço para apps desse tipo de conteúdo em sua loja, é provável que não.

Apple Vision Pro Headset e1686477765554

Não somente com o pornô, mas com outros tipos de conteúdos também adaptados para VR/AR, o calcanhar de aquiles sendo o preço e a disponibilidade dos óculos, e também um certo desânimo de muitas pessoas em consumir alguma coisa que exige deixar um trambolho na cabeça. Até mesmo com o 3D, que era um simples óculos, com uma armação convencional, a moda não pegou e perdeu espaço.

Um headset dessa categoria que já é popular em um mercado e poderia expandir o consumo de conteúdo em vídeo adaptado é o PlayStation VR, mas o produto da Sony não oferece nem navegador, nem reprodutor de vídeo integrado.

Os headsets VR/AR já tem o seu espaço no mundo corporativo, o grande passo é trazer isso para o consumo em massa, que se transforme realmente em mais um gadget do dia a dia. Será que a moda pega? Diga sua opinião nos comentários.

Inscreva-se no canal do Hardware.com.br

Sobre o Autor

Avatar de William R. Plaza
Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
Leia mais
Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X