Apesar do sucesso do Android, do enorme número de aplicativos disponíveis no market e o lucro de US$ 2.54 bilhões apenas no último trimestre de 2010 com as comissões sobre as vendas de aplicativos, o Google ainda está insatisfeito com as vendas, e começou a buscar alternativas para melhorar o quadro, espremendo mais alguns bilhões anuais dos usuários.
Uma delas são os convênios com as operadoras de telefonia, para que os usuários tenham a opção de pagar através da conta de telefone (como anunciei mês passado) e a outra é a recém anunciada API para a inclusão de pagamento dentro de aplicativos, utilizando a infra-estrutura do market.
Com a função, aplicativos demo e shareware podem oferecer a opção de compra diretamente dentro do aplicativo, jogos sociais podem oferecer opção de compra de itens virtuais usando micro-pagamentos, e mais importante, aplicativos relacionados a lojas ou vendedores de conteúdo podem oferecer a opção de compra individual de e-books, revistas, ou mesmo itens físicos, o que pode levar a muitas mudanças. A primeira a tirar proveito da função foi a Amazon, que anunciou uma versão Android de seu aplicativo de comparação de preços, com opção de fazer compras diretamente a partir do telefone.
No geral, a baixa procura por aplicativos pagos dentro do Android Market em comparação à AppStore pode ser atribuída a dois fatores:
a) O Android Market tem uma proporção muito maior de aplicativos gratuitos e a maioria dos usuários da plataforma procura justamente uma opção mais livre, em oposição ao modelo fechado da Apple.
b) O Google tem feito vistas grossas à possibilidade de integrar outras opções de pagamento, como o Paypal e serviços locais de pagamento digital, tentando impor o uso do Google Checkout, o que tem prejudicado bastante a aceitação fora dos EUA.
