Demorou para acontecer, mas está chegando a hora: os aplicativos do Android Market só poderão usar o sistema de pagamentos do Google para compras in-app (dentro do app). E quem não quiser adotar o método oficial terá que cair fora do Market. Isso torna o sistema um pouco mais parecido com a App Store da Apple. Na verdade isso já era esperado e declarado, só que o Google não ligava tanto assim para quem violasse a norma, excluindo um ou outro aplicativo uma vez ou outra.
Noticiado pela Reuters ontem, vários desenvolvedores vêm recebendo notificações para trocar o sistema de pagamento em uso pelo Google Wallet. Em alguns casos são dados 30 dias para adaptação. Muitos usavam – e usam – serviços populares, como o Paypal.
Com a mudança recente do Android Market para Google Play parece que o gigante Google está reforçando esta política, que não é nova.
Em comunicado ao The Verge, o Google diz que nada mudou e que a regra já existia nos termos de uso do Market. As exceções que já eram permitidas continuam, como para coisas físicas (uma loja como eBay ou Amazon) ou coisas digitais transferíveis, como ebooks.
O grupo simplesmente pegava leve na moderação, evitando banir os aplicativos por esse motivo, tarefa que tem sido intensificada há algumas semanas. Dada a maior fiscalização as reclamações na web aumentaram e levaram a notícias da suposta mudança.
O Android é quase todo open source, mas o Market, componente essencial para a distribuição dos aplicativos, é uma das peças proprietárias diretamente ligadas a um serviço fechado. Dado o conceito aberto do Android, é muito fácil instalar aplicativos de fora do Market sem precisar aplicar hacks no sistema (basta alterar uma opção para liberar fontes desconhecidas e usar os arquivos apk transferidos de fora do Market). Nesses casos os aplicativos podem continuar usando qualquer sistema de pagamento, apenas a distribuição pela loja oficial é que não poderá ser feita.