O principal fator por trás da decisão do Google em usar o Dalvik (uma máquina virtual Java) no Android em vez de uma API nativa é a portabilidade dos aplicativos, que podem rodar sobre versões do sistema para outros processadores com poucas ou nenhuma mudança. Com isso, o Google manteve as portas abertas para a entrada de processadores Intel, MIPS e outros, sem amarrar a plataforma aos processadores ARM.
Um subproduto dessa estratégia é a relativa facilidade em fazer os aplicativos rodarem sobre outras plataformas, já que é necessário apenas desenvolver uma máquina virtual Java compatível. É precisamente isso que pretende fazer a Myriad com o Alien Dalvik, com o qual pretende levar os aplicativos do Android para o Meego e em seguida para outras plataformas (incluindo aí o Windows Phone 7). A promessa é que os aplicativos rodem de forma transparente e sem modificações, como mostrado neste vídeo de divulgação:
Trata-se de uma solução unicamente baseada em software, que poderá rodar sobre aparelhos já existentes, sem modificações no hardware ou no firmware.
O lançamento inicial foi prometido ainda para 2011, na forma de uma aplicativo comercial que permitirá rodar apks do Android sem modificações sobre o Meego (a plataforma de testes está sendo o Nokia N900) e em seguida sobre outros sistemas compatíveis. Ainda não existem informações sobre o preço, mas é certo que ele será um aplicativo pago.
