A salvação para placas com 8 GB? Microsoft desenvolve solução para que Ray Tracing consuma menos VRAM

A salvação para placas com 8 GB? Microsoft desenvolve solução para que Ray Tracing consuma menos VRAM

Duas críticas são feitas recorrentemente em relação ao Ray Tracing A primeira delas é da parcela que não vê o recurso como um grande diferencial. A outra parcela até gostaria de jogar com o RT habilitado, mas reclama sobre os requisitos em termos de hardware para poder ser habitado.

 Uma nova patente registrada pela Microsoft indica que podemos ter futuramente um panorama mais ameno em relação à exigência de recursos computacionais para usar a tecnologia.

Essa patente descreve um método para reduzir a carga da VRAM, isto é, da memória da placa de vídeo, ao usar o Ray Tracing. Basicamente esse método gira em torno de uma espécie de hierarquia, uma classificação em níveis, de detalhamento para objetos e texturas em cena no momento da renderização.

Em suma, similar ao que temos com uma questão importante na otimização de games, o LOD (Level of Details). O princípio fundamental por trás do LOD é ajustar a complexidade, em termos de detalhamento, de objetos 3D de acordo com sua importância visual no momento, o que geralmente está relacionado à distância do objeto ao observador. Por exemplo, objetos que estão muito distantes podem ter o seu modelo 3D altamente complexo trocado por texturas menos detalhadas.

Você também deve ler!

Qual a diferença entre Ray Tracing e Path Tracing?

83% dos usuários de placas da linha RTX 40 utilizam Ray Tracing, diz NVIDIA

Com essa tecnologia da Microsoft, o Ray Tracing atuaria como uma estrutura que pode ser dividida em diferentes níveis. O sistema utilizado então determina a hierarquia dos objetos virtuais e cria um mapa, segundo o qual o sistema será guiado e determinará onde e quando qual detalhe deve estar. Um LOD aplicado ao Ray Tracing.

Comparativamente, em termos de um mapeamento dinâmico, podemos trazer a diferença entre o HDR10 e o Dolby Vision. Ambos são padrões de alto alcance dinâmico, mas o Dolby Vision tem como grande diferencial o ajuste dinâmico, cena a cena, ao invés do ponto dos metadados fixos do HDR10.

Assim como o Dolby Vision permite ajustes dinâmicos que melhoram a experiência visual cena a cena (ou quadro a quadro), a aplicação de LOD no Ray Tracing busca também uma otimização, só que em outro sentido.  A ideia da Microsoft seria uma forma de desafogar um dos componentes que mais são “penalizados” para o Ray Tracing funcionar, a memória de vídeo.

Impossibilitando, ou tornando o uso do Ray Tracing em placas com uma quantidade baixa de VRAM para os dias de hoje – 8 GB – algo que nem vale a pena tentar. Levando em conta a queda em termos de FPS.

Ainda não há nenhuma indicação de quando ou se a Microsoft já tem planos para lançar esse recurso. Até então, há somente a questão sobre o registro da patente.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
Leia mais
Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X