Marc Andreessen, criador do Netscape, falou que está trabalhando num novo navegador. Do zero.
O Netscape dispensa comentários, não foi o primeiro navegador web, mas foi o primeiro a ter um grande destaque mundial, perdendo o reinado com a inclusão do Internet Explorer no Windows. Ele teve seus últimos (e tristes) dias na mão de uma empresa de qualidade questionável, que em 2008 resolveu descontinuá-lo. Todavia ele já não tinha lá tantas características próprias nesse tempo.
Marc Andreessen trabalhou junto com Eric Bina entre 1992 e 1993 na criação do Mosaic, o primeiro navegador capaz de atrair muitos usuários devido sua interface e recursos espetaculares para a época. Depois ele serviu de base para o Netscape.
Agora o criador original do Netscape pretende lançar um novo navegador, segundo uma matéria publicada no The New York Times.
Por enquanto não há quase nada de informação sobre o projeto. Apenas o possível nome e um site, Rockmelt:
O trabalho não é fácil, a Web 2.0 de hoje nem se compara ao princípio da internet “gráfica”. Antigamente um navegador apenas lidava com conexões, requisições HTTP e renderização de HTML. Agora é necessário executar diversos scripts, ter suporte a plugins de terceiros (Flash essencialmente)… Enfim, a quantidade de código é muito grande. O Firefox tem anos de estrada e a Mozilla Foundation não é tão pequena. O Chrome surgiu “do nada” (ou pelo menos quando ninguém esperava) usando componentes prontos, como o WebKit, e tem por trás o investimento de milhões de dólares que podem ser bancados pelo Google. Quanto ao Opera, ele é o que é hoje em recursos graças ao árduo trabalho ao longo de vários anos. Quem sabe o Rockmelt use componentes prontos também para simplificar o processo de desenvolvimento.
Eric Vishriae e Tim Howes estão juntos com Andreessen no projeto, são antigos executivos da Opsware, empresa que Andreessen co-fundou e vendeu para a HP em 2007. Eles não falam abertamente sobre o projeto, nem querem dar detalhes.
Uma coisa é certa, para despertar a atenção dos usuários o navegador terá que fazer algo que os atuais não fazem – seja em recursos, interface ou em gosto coletivo mesmo.
Fontes: NY Times e CNet, via OS News