As telas baseadas na tecnologia OLED (Organic Light-Emitting Diode), que são baseadas no uso de polímeros contendo substâncias orgânicas que brilham ao receber um impulso elétrico. Cada ponto da tela é composto com uma pequena quantidade do material, que depois de receber os filamentos e outros componentes necessários, se comporta como um pequeno LED, emitindo luz.
A principal diferença entre os OLEDs e os LEDs convencionais é que os OLEDs são compostos líquidos, que podem ser “impressos” sobre diversos tipos de superfície, usando técnicas relativamente simples, enquanto os LEDs convencionais são dispositivos eletrônicos, que precisam ser construídos e encapsulados individualmente.
O princípio de funcionamento das telas OLED é exatamente o oposto das de LCD, já que enquanto no OLED os pontos da tela emitem luz ao receberem uma carga elétrica, no LCD os pontos obstruem a passagem da luz emitida pelo sistema de iluminação. A principal vantagem do OLED é que as telas tendem a ser mais compactas e econômicas, já que não precisam de iluminação adicional. A desvantagem é que esta ainda é uma tecnologia nova, que ainda tem um bom caminho a percorrer.
Atualmente, telas OLED são usadas em um grande volume de celulares, players de áudio e outros dispositivos compactos, mas não em monitores, TVs e telas maiores. O principal motivo é que a tela nesses dispositivos é usada por curtos períodos de tempo, o que faz com que a questão da durabilidade não seja um quesito tão importante quanto em uma tela de notebook, por exemplo.
Até o momento, a maior tela OLED produzida comercialmente é uma TV de 11″ recentemente anunciada pela Sony. Ela oferece como principal vantagem um contraste melhor que as telas de LCD e é mais fina, mas é vendida em quantidades limitadas, no Japão, por nada menos do que 200.000 ienes, equivalente a 1.700 dólares. Naturalmente, este preço vai cair rapidamente nos próximos anos, conforme a tecnologia se popularizar, mas mostra como ainda é difícil produzir telas OLED grandes.
Apesar disso, os principais fabricantes estão investindo pesado no desenvolvimento da tecnologia. Ontem, a Toshiba anunciou que pretende lançar um monitor de OLED de 30″ em 2009. Por enquanto não existem muitos detalhes sobre o produto, mas é de se esperar que a tela seja muito mais fina e leve do que as telas de plasma e LCD atuais, tenha um melhor contraste e consuma menos energia. A maior questão é se conseguirão produzí-la a um custo aceitável, ou se vão lançar um produto de vitrine a um preço absurdo como a TV de 11″ da Sony.
O “Santo Graal” para os fabricantes de monitores seria o desenvolvimento de telas flexíveis, onde os pixels, formados por OLEDs, juntamente com os transístores e filamentos necessários possam ser “impressos” diretamente sobre uma superfície plástica, utilizando impressoras de jato de tinta modificadas. Isso permitiria o desenvolvimento de telas baratas, que poderiam ser enroladas e usadas em todo tipo de dispositivos. Naturalmente, ainda estamos longe disso, mas pode ser que a tecnologia eventualmente evolua a ponto de realmente substituir os monitores LCD.
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