Todos os dias, milhões de brasileiros navegam felizes usando conexões de apenas duas operadoras diferentes: a empresa de telefonia e a empresa de TV a cabo. Apesar de muitos estarem relativamente satisfeitos com a qualidade do serviço, a indústria como um todo se tornou preguiçosa e ineficiente. Enquanto muitos brasileiros estão começando só agora a ter acesso a opções de conexões de 10-20 mbps (assimétricas), em muitos casos compartilhadas entre toda a vizinhança, os japoneses navegam utilizando conexões (simétricas) de 100 megabits.
Enquanto no Brasil a maioria dos assinantes precisam escolher entre duas ou três operadoras regionais, assinantes do Reino Unido, mesmo os que moram longe de Londres, podem escolher entre 20 ou 30 operadores diferentes, ou mais.
Além de sofrerem com as baixas velocidades de conexão, os usuários brasileiros enfrentam um terrível atendimento ao cliente, não importa a qual operadora recorram. Seja um representante do U*L lutando por seu bônus se recusando a cancelar assinaturas, Técnicos do T***a literalmente dormindo durante as reclamações de um cliente ao telefone ou a *********a acidentalmente criando um princípio de incêndio durante a instalação do cabeamento, muitos usuários sofrem para conseguir fazer contato com as empresas que lhes prestam serviços.
Acredito que pouca gente discordaria do texto acima. Apesar das melhorias nos últimos anos, os serviços de banda larga no Brasil deixam bastante a desejar, principalmente se compararmos a serviços em países com o Japão, onde conexões de 100 megabits já são comuns. Os EUA, sendo o país mais rico do mundo, deve ser também o campeão em infra-estrutura de acesso à web, com opções ainda mais rápidas, certo? Errado! 🙂 Por incrível que possa parecer, os serviços de banda larga nos EUA são tão ruins, ou até mesmo piores que os brasileiros, tanto que a enorme maioria dos usuários ainda acessa através de conexões discadas, através da AOL, uma operadora tão ruim que não conseguiu sequer sobreviver aqui no Brasil.
O texto aí de cima é originalmente uma crítica aos serviços e operadoras dos EUA, eu apenas fiz uma tradução livre e troquei algumas palavras. Como pode ver, não somos só nós que sofremos com serviços ruins. Veja o texto original:
“Every day, across millions of homes in the United States, most Americans are happily surfing along with high-speed internet from one of two different providers: the cable company, or the phone company. While most users have been relatively satisfied with the service itself, the industry as a whole has become fat and lazy: whereas American consumers are just now beginning to receive asymmetrical speeds of 10-20 Mbps, in many cases shared amongst their neighbors, Japanese consumers are surfing along at symmetrical connections of 100 Mbps.
In the United States, where most consumers get to choose service plans between two or three regional providers, customers in the UK – even far away from London – have a choice between 20 and 30 different providers, or more.
On top of suffering slow connection speeds, U.S. consumers face terrible customer support no matter who they turn to: whether it’s an AOL representative fighting for his bonus by preventing cancellations, Comcast technicians sleeping on a customers’ couch during a service call, or Verizon accidentally setting fires during FiOS installations, many consumers loathe having to actually interface with the companies they receive their service from.”
Leia a crítica completa no DailyTech: American Broadband: Pathetic and Disgraceful
Recomendo que imprima e dê uma lida sempre que achar que os serviços de banda larga no Brasil são ruins. O texto serve de consolo, lembrando que por pior que esteja a situação, existe sempre alguém pior, nesse caso os Americanos. 🙂
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