Ela e a proteção de arquivos multimídia… A Microsoft poderá implementar um novo sistema de “marcas d’água” nas músicas, para desencorajar a pirataria, sem restringir a utilidade da música, conforme uma nova patente concedida.
Intitulado “Stealthy Audio Watermarking” (“Marca d’água saudável em áudio”, numa tradução livre), a patente foi arquivada originalmente em maio de 2004. O sistema usaria analisadores de ruídos para colocar automaticamente assinaturas digitais dentro do próprio arquivo de som. O software codificador iria introduzir trechos de dados em áreas que provavelmente não danificariam ou deformariam o áudio. Os softwares reprodutores, pelo outro lado, poderiam com isso identificar tais dados e reconhecer o usuário que comprou a música, sem depender de uma camada externa ao arquivo, como as que existem com o sistema de DRM aplicado no atual formato Windows Media (wma e wmv, para áudio e vídeo);
Segundo a Microsoft, como o sistema é dependente da estrutura real da música, seria praticamente impossível a remoção da marca d’água. Como os dados são inseridos no meio dos dados referente à música em si, não seria possível detectá-los por um texto (string) ou outros dados quaisquer. A natureza aleatória do sistema de inserção dos dados identificadores também dificulta a criação de sistemas que os hackers poderiam tentar usar para “prever” possíveis pontos referentes à marca d’água. Em uma implementação, por exemplo, o codificador poderia começar o processo num ponto aleatório na música, para inserir a marca d’água. Assim uma música licenciada para uma pessoa seria diferente da mesma música licenciada para outra pessoa.
Enquanto isso não se realiza na prática, ela poderia fornecer músicas sem proteção em seus serviços, como algumas outras empresas e lojas virtuais estão fazendo. Vamos esperar e ver o que decidem.
Para os piratões de plantão, essa notícia e nada é quase a mesma coisa. Distribuir músicas pirateadas é relativamente fácil e com medidas simples, como por exemplo, regravar o áudio enquanto se ouve uma cópia licenciada (a idéia mais bobinha e básica). Pronto, adeus DRM e qualquer proteção. A pirataria de músicas não será combatida com medidas técnicas, e sim com a consciência das pessoas. Parece até que, quanto mais tentam proteger, mais pirateiam. Afinal, o “proibido” sempre é mais gostoso 🙂
Veja mais informações sobre o sistema em estudo pela Microsoft em:
http://www.macnn.com/articles/07/09/12/microsoft.no.drm.watermark/
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