Não ao MS OpenXML

Essa será a resposta do Brasil na ISO, na votação mundial do dia 2 de setembro.

A ISO (International Organization for Standardization – Organização Internacional para Padronização), como todos sabem, determina padrões que são seguidos mundialmente, influenciando a vida de muitas pessoas. Uma empresa ou pessoa não é obrigada a seguir um padrão ISO, no entanto quem segue recebe mais credibilidade em todo o mundo e na preferência das pessoas. Um ISO mal definido dificulta intensamente a vida das pessoas. E nesse caso, o padrão em questão se refere ao formato de arquivo de computador “padrão” para documentos, textos, planinhas, etc.

Em 2006 a ISO definiu o padrão aberto ODF (Open Document Format). Para tanto, as pessoas não precisam ficar dependentes de um único programa ou empresa, pois apesar de ser usado pelo OpenOffice, pode ser facilmente – e livremente – aplicado por outros programadores em seus projetos. Não gostando da idéia (que já caminhava há tempos), a Microsoft correu atrás do tempo perdido no Office 2007, com o OpenXML e um novo formato de arquivo “melhor”. Então ela tenta mudar a idéia da ISO, de forma a tornar o MS OpenXML o padrão, em vez do ODF. Que vença o melhor, claro, mas diversas questões foram levantadas contra o OpenXML apresentado pela Microsoft. Fica em vista a dependência dela, por mais aberto que seja o programa, e pelo que se mostra, não traz reais vantagens perante o ODF, atualmente o padrão. A escolha fica por conta do mundo, numa votação entre países, onde o Brasil é participante.

Depois de conversas, debates entre a ABNT e representantes da sociedade, dos padrões e do governo, a escolha do voto brasileiro foi a prevista: NÃO ao OpenXML.

No entanto, o voto decidido foi “não, com condicionantes”. Na última reunião da comissão técnica da ABNT levantaram 63 problemas com o OpenXML, e caso esses 63 problemas fossem corrigidos, o Brasil “poderia pensar” em votar sim (o que seria difícil). Entre os problemas estão coisas como falta de compatibilidade total com o calendário gregoriano, falta de suporte a alguns idiomas como chinês, japonês e coreano, além de falhas de segurança (como de praxe :).

A nota oficial da ABNT foi divulgada ontem, dia 23. Agora é “torcer” para que os outros países participantes da votação decidam o melhor para todos, com responsabilidade, e então aguardar a votação da ISO.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/mercado/2007/08/23/idgnoticia.2007-08-23.5442611667/

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