Quanta anuncia que desenvolverá notebooks de US$ 200

Embora pouca gente saiba, o maior fabricante de notebooks do mundo, não é Dell, HP, Acer, ou mesmo a Toshiba, Asus ou Apple. Atualmente o maior fabricante é a Quanta, uma empresa de Taiwan que desenvolve e fabrica os notebooks vendidos por diversas destas marcas. Para se ter uma idéia, apenas em Janeiro deste ano, produziram um total de mais de 2 milhões de unidades.

A Quanta está também produzindo os laptops do projeto OLPC XO, o que nos leva à notícia de hoje.

Graças ao conhecimento acumulado no desenvolvimento e produção do OLPC, estão agora planejando lançar notebooks de baixo custo, aproveitando muitas das idéias usadas nele, que custaria a partir de 200 dólares. As versões mais baratas utilizariam telas pequenas e memória flash no lugar do HD, enquanto versões mais parrudas (mas ainda assim mais baratas que os notebooks atuais) poderiam usar uma configuração mais convencional.

Veja alguns detalhes adicionais neste artigo do ft.com.

Embora pareça uma idéia utópica, produzir um notebook de US$ 200 não é tão impossível quanto parece. Em primeiro lugar por que já foi feito, o OLPC custa menos que isso, e segundo por que os notebooks de baixo custo atuais (os com tela de 15″, HD de 40 e 256 MB de RAM) que você encontra nos supermercados por R$ 1999 custam na verdade pouco mais de US$ 500 para serem produzidos.

Reduzindo o tamanho da tela, removendo o custo da licença OEM do Windows e substituindo o HD por uma pequena quantidade de memória flash, seria possível chegar perto de US$ 350 mesmo com os modelos atuais. Economizando também no custo dos demais componentes e aplicando algumas idéias inovadoras, acaba realmente sendo realístico falar em US$ 200.

Atualmente, 4 MB de memória flash já custam menos de US$ 25 para os fabricantes e o custo tende a cair pela metade até o ano que vem. Embora apenas 4 GB pareçam uma quantidade limitada, seriam suficientes para instalar a maioria das distribuições Linux atuais e até mesmo o Windows XP. Se levarmos em conta que a maioria das pessoas usam o micro apenas para navegar e rodar aplicativos leves, eles podem representar uma capacidade satisfatória.

Os laptops seriam inicialmente destinados aos países em desenvolvimento e seriam lançados “no final deste ano, ou no próximo”, o que traduzindo da linguagem marqueteira para bom português, significaria algum ponto na primeira metade de 2008. Inicialmente está previsto o uso de Linux em todos os modelos, principalmente devido à questão do custo, mas com certeza manterão aberta a possibilidade de instalar outros sistemas.

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