Enquanto a Intel e AMD falam em processadores de 2 ou 4 cores, a IBM apareceu com uma idéia no mínimo ousada: um processador com 1025 cores!
O mais surpreendente é que este não é um processador gigantesco, destinado a super-servidores, mas sim um processador de baixo consumo, desenvolvido para ser usado em dispositivos embarcados, palmtops e até mesmo celulares.
Para entender como um processador com 1025 cores pode ser catalogado como um “processador de baixo consumo”, precisamos voltar algumas décadas na história da informática. Os processadores de 8 bits do início da década de 80 eram ainda produzidos com uma técnica antiquada, com transistores que mediam 10 microns. Apesar disso, estes processadores eram bastante economicos se comparados com os atuais, pois possíam poucos transistores.
O que acontece se você desenvolve um processador de 8 bits modernizado, que tira benefício das novas tecnologias e é produzido numa técnica de fabricação de 0.09 mícron? Você teria um processador de extremo baixo consumo, mas com um desempenho razoável, devido às atualizações e ao maior clock. O que acontece se você junta 1024 destes processadores no mesmo die, adicionando um processador Power PC atual, que divide o trabalho entre eles? É justamente isso que a IBM fez, uma tecnologia baseada de Kilocore ;).
A idéia é que com tantos núcleos independentes, o processador tenha ao mesmo tempo processamento suficiente para processar vídeos em alta definição e outras aplicações pesadas, e um baixo consumo, já que cada core consome um mínimo de energia e os que estão ociosos podem ser desligados, criando um conjunto muito eficiente.
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Completando a safra de notícias disruptivas do final de semana, a ARM anunciou um processador clockless (e não era primeiro de Abril!), onde o processador trabalha de forma assíncrona, processando instruções conforme elas são recebidas, sem um ritmo definido. Isso permite que o processador “hiberne” enquanto não está em uso, consumindo zero de eletricidade, mas continue disponível para processar novas ordens.
Os processadores atuais, por mais otimizados que sejam, sempre consomem alguma energia, mesmo quando ociosos, pois precisam manter os pulsos de clock. O procesador pode reduzir a frequência para economizar energia, mas se ele é interrompido, o processador simplesmente reseta.
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