Este artigo do BBC News é um resumo das ameaças à hegemonia dos produtos Microsoft. Segundo ele, a Microsoft passa pelo momento mais vulnerável em toda a sua história, algo semelhante ao que a IBM passou durante os anos 90, quando chegou perto do fundo do poço, acumulando enormes prejuízos ano após ano e encolhendo assustadoramente de tamanho.
http://news.bbc.co.uk/1/hi/business/4508897.stm
No caso da Microsoft a situação ainda é muito confortável. Lucraram US$ 8 bilhões no ano passado e possuem mais de 40 bilhões em caixa, que podem ser usados para reforçar qualquer área estratégica. Com tanto dinheiro, eles podem se dar ao lucro de “forçar” a adoção de qualquer produto, fazendo um grande investimento inicial e desenvolvimento e vendendo abaixo do preço de custo durante os primeiros anos, para criar uma base de usuários. Ou seja, com tanto dinheiro eles podem literalmente esmagar qualquer concorrente.
O problema é que não é apenas um. Não é só o Linux roubando espaço do Windows nos servidores e desktops, nem só o OpenOffice encolhendo as vendas do Office (que é a principal fonte de lucro da Microsoft), nem apenas o Firefox roubando espaço do IE, o Skype ameaçando o domínio do MSN, o Google dominando os serviços via web ou o PS2 impedindo a popularização do Xbox. É um conjunto de concorrentes fortes, em praticamente todas as áreas em que a Microsoft oferece produtos. Não é questão de esmagar um único concorrente, mas se defender simultâneamente de ataques por todos os lados.
Para complicar existe ainda o problema dos atrasos no lançamento do LongHorn. Até lá o Windows XP continuará perdendo espaço nos desktops e, caso o Longhorn não venda tão bem como esperado, a Microsoft corre o risco de começar a ter problemas financeiros e perder ainda mais mercado, como uma bola de neve.
Como dito no artigo, os próximos dois anos serão decisivos para eles.
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