Este artigo do Newsfactor chama a atenção para uma mudança cada vez mais evidente no desenvolvimento do Kernel (foco do artigo) e também da maioria dos outros projetos open-source importantes, como o OpenOffice.
O mito diz que o Linux é desenvolvido por hackers (usando a versão origianl e positiva do termo), trabalhando apenas nas horas vagas. Dos 25 principais desenvolvedores do Kernel atualmente, 23 trabalham para alguma grande empresa, como a IBM, HP, Intel, Novell, Oracle, Red Hat, Veritas, entre outras empresas que desenvolvem e vendem soluções baseadas em Linux.
Ou seja, estes desenvolvedores são efetivamente pagos para trabalhar no desenvolvimento do Kernel. Mesmo olhando na lista dos 100 ou dos 500 principais desenvolvedores, continua evidente que a grande maioria trabalha para grandes empresas. O mesmo acontece com relação ao OpenOffice, desenvolvido especialmente por funcionários da Sun e Novell e, em menor grau até mesmo no KDE (IBM, SuSE/Novell e desenvolvedores de muitas outras distribuições) e no Gnome (Red Hat, Novell).
Ou seja, estamos vendo uma crescente profissionalização no desenvolvimento do sistema, o que pode ser visto de forma positiva, pois garante uma crescente preocupação com estabilidade, usabilidade e frequência dos lançamentos.
Muita gente ainda acha que o desenvimente do Linux é uma espécie de socialismo, mas na prática temos atualmente uma espécie de cooperativa, com várias empresas que ganham dinheiro com o sistema contribuindo com as áreas em que têm interesse estratégico. Os líderes de cada projeto decidem quais contribuições efetivamente utilizar com base no feedback dos outros desenvolvedores e usuários, de forma que apenas os trabalhos necessários e bem feitos prevaleçam. É a velha lei da seleção natural.
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