O uso de Inteligência Artificial está se tornando cada vez mais comum em diversos produtos, e um dos focos atuais está justamente nos buscadores de internet, e agora a novidade é que o DuckDuckGo também está querendo entrar nesse jogo.
Depois da Microsoft anunciar o uso de Inteligência Artificial no Bing com um chatbot que conta com a mesma tecnologia do ChatGPT e o Google anunciar inovações no Bard com tecnologias semelhantes, agora é a vez do DuckDuckGo prometer esse tipo de recurso em seu sistema. Mas não exatamente da mesma forma.
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O DuckDuckGo é um serviço bem menor, principalmente quando comparado ao Bard e ao Bing, e por isso está dando passos cautelosos, mas ainda assim já começou a dar os seus primeiros passos, o que é importante.
Nesse caso, ele utilizará uma Inteligência Artificial chamada de DuckAssist. Ela não tem as mesmas funcionalidades do ChatGPT, até porque não é um chatbot. Ao invés disso ela utiliza modelos de linguagem da OpenAI e da Anthropic para trazer informações rápidas e precisas.
Para isso, durante algumas buscas no DuckDuckGo, o DuckAssist poderá resumir algumas informações sobre o tema tanto da Wikipédia quanto da Encyclopedia Britannica para trazer respostas rápidas, diretas e em uma linguagem natural. Essas respostas farão parte da seção de resultados da busca no formato de Instant Answer (que em português seria “resposta instantânea”).
Por enquanto esse recurso não vai aparecer para qualquer pesquisa, apenas aquelas que estimulam esse tipo de Instant Answer. Eles também anunciaram que a novidade só poderá ser vista no aplicativo ou na extensão para navegador do buscador, sendo um pouco limitada por enquanto por motivos de testes. Ela também só funciona em inglês e eles querem coletar primeiro os feedbacks antes de expandir essa disponibilidade nas próximas semanas.
Já em relação à segurança e privacidade, eles afirmam que não é preciso estar logado para usar a ferramenta e que a empresa não vai compartilhar nenhuma informação pessoal do usuário com o OpenAI e Anthropic. O DuckAssist também não será usado para treinar seus modelos de Inteligência Artificial.
DuckDuckGo espera evitar problemas
A cautela do DuckDuckGo pode até ser vista como exagerada por alguns, mas faz sentido quando se olha melhor para o cenário atual. A empresa pretende evitar alguns problemas que se tornaram comuns no uso das ferramentas maiores como o ChatGPT no Bing.
Um desses problemas é que, como esses programas utilizam uma linguagem mais evoluída, o sistema acaba escrevendo uma quantidade maior de texto ao invés de resumi-lo. Dessa forma, em alguns casos eles acabam inventando informações, algo que é chamado de “alucinação”.
Em um desses eventos, por exemplo, o Bing acabou errando uma informação básica que foi o ano em que estamos. E ainda insistiu no erro tentando corrigir o usuário que digitou o ano certo. Mas ele não é o único. O Bard, do Google, também já teve alguns erros desse tipo. Em uma das ocasiões ele revelou que a primeira imagem de um exoplaneta foi tirada pelo Telescópio Espacial James Webb, mas isso não é verdade. No caso, isso foi feito pelo Very Large Telescope muitos anos antes.
Esses erros não apenas acabam afetando a confiabilidade dos programas mas também gerando prejuízos para as empresas. No caso do Bard, o Google tentou fazer o seu anúncio as pressas para não perder o “timing” do momento e com isso acabou tendo um prejuízo bilionário.
Ainda assim, a DuckDuckGo não pretende ficar nessas limitações por muito tempo. A empresa já revelou que os usuários podem esperar mais recursos de Inteligência Artificial no futuro. O CEO Gabriel Weinberg revelou que:
“Este é o primeiro de uma série de recursos generativos assistidos por IA que esperamos lançar nos próximos meses. Queríamos que o DuckAssist fosse o primeiro porque achamos que ele pode ajudar imediatamente os usuários a encontrar respostas para o que procuram mais rapidamente.”
Fonte: engadget
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