As vendas de HDs continuam caindo

As vendas de HDs continuam caindo

Um relatório divulgado recentemente pela Storage Newsletter revelou que o mercado de HDs (discos rígidos) experimenta uma constante queda. Basicamente todas as fabricantes de discos rígidos viram suas vendas diminuírem significativamente no último ano.

Quando comparamos os números de 2022 com 2021, a redução nas vendas foi de 33%. Um número assustador para as empresas. Mas e se analisarmos apenas as vendas de 2022? A queda nos gráficos continuam.

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Por exemplo, o segundo trimestre de 2022 (abril a junho) vendeu 16% em relação ao primeiro trimestre do ano (janeiro a março). Outro dado interessante mostra que essa queda é mais acentuada no segmento de consumidores finais, uma vez que nas empresas as vendas ainda continuam estáveis.

Todas as empresas foram afetadas

A última vez que o mercado de HDs viu uma alta nas vendas foi há 12 anos, em 2010. Naquele ano, foram vendidos nada mais nada menos do que 651 milhões de unidades. Foi uma média de 162 milhões de HDs por trimestre. Para você ter uma ideia do tamanho da redução das vendas, atualmente não são vendidas mais do que 45 milhões de unidades por trimestre.

O problema é global e afeta todas as empresas do ramo. A Seagate, por exemplo, que é líder no setor, vendeu 13,8% menos no segundo trimestre de 2022. Se for comparar com o segundo trimestre de 2021, os números são ainda mais desanimadores, com uma redução de 29,7% nas vendas.

A WDC, segunda colocada no segmento, também viu uma redução semelhante em suas vendas. Eles tiveram uma queda de 16,5% no segundo trimestre de 2022 e 34,6% em relação ao ano passado. A Toshiba, terceira colocada no ranking, teve números ainda piores. Em relação ao segundo trimestre de 2022 houve uma queda de 20,2% e em relação ao ano passado a queda foi de 42,8%. Preocupante.

O começo do fim dos HDs?

Seria esse o começo do fim da era dos HDs? Tudo indica que sim. E existem vários fatores que vão afundando os HDs cada vez mais. Por exemplo, um dos motivos é a popularização e variedade de plataformas de armazenamento na nuvem. Google Drive, Dropbox, OneDrive, iCloud e tantas outras são soluções que funcionam muito bem e possuem preços baixos.

Como o foco está cada vez maior em mobilidade, a possibilidade de acessar os seus documentos mais importantes de qualquer dispositivo é tentadora. Com isso, a necessidade por HDs cada vez maiores vêm caindo.

Além disso, os discos rígidos são componentes que, querendo ou não, são grandes e ocupam muito espaço. É inviável usá-los em ultrabooks e notebooks cujo foco é a portabilidade, leveza e baixa espessura. Quando falamos em SSDs já temos modelos bem compactos, como os do tipo M.2. É quase como se fosse um módulo de memória RAM.

E por falar em SSDs, eles são os principais responsáveis pela queda nas vendas dos HDs. Antigamente os HDs ainda tinham vantagem pois o custo por gigabyte era bem menor. Mas isso está mudando muito rápido. Hoje em dia é possível achar SSDs com grande espaço de armazenamento a um preço justo e aceitável. Sem falar na velocidade e confiabilidade dos SSDs.

Então, para o consumidor final hoje, não vale a pena investir em um HD. E isso pode ser o início do fim deste componente. Será que logo, logo os discos rígidos se juntarão aos disquetes e CDs?

Fonte: Storage Newsletter

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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