Snapchat Plus chega como opção paga para mais recursos

Muitos aplicativos e serviços costumam oferecer uma opção paga com conteúdos exclusivos e vantagens para assinantes, e quem acaba de entrar para essa lista é o Snapchat.

O Snapchat Plus começou a ser oferecido essa semana em alguns mercados selecionados e é opcional, porém garante para os usuários a chance de ter recursos exclusivos e até mesmo acesso antecipado a alguns recursos antes de serem lançados para todos.

Assinatura trará recursos exclusivos e antecipados

O Snapchat Plus tem um valor mensal de US$ 3,99 nos Estados Unidos, algo equivalente a cerca de R$ 21 na cotação atual. Ele chega como uma opção de assinatura premium para o aplicativo, trazendo principalmente algumas mudanças estéticas e até mesmo novos ícones para personalização.

Entre as principais vantagens estão a chance de saber quem assistiu aos seus stories mais de uma vez e até mesmo marcar amigos como BFF (melhores amigos) e dessa forma deixar seus chats fixados sempre no topo do bate-papo.

A empresa revelou que mais para frente vai trazer mais recursos que sejam exclusivos para quem é assinante e também garantir que esses assinantes tenham acesso antecipado a novidades que podem ser lançadas para todos.

Claro que eles estão mantendo as coisas nada extraordinárias, afinal de contas dar muitas vantagens só para quem é assinante poderia fazer com que os usuários gratuitos migrassem para outras plataformas, e não é o objetivo.

Vantagens do Snapchat Plus não incluem a retirada de anúncios

No geral, as grandes vantagens para quem quiser assinar o Snapchat Plus serão:

Poder marcar amigos como BFF para que seus chats sempre fiquem no topo do bate-papo, economizando assim tempo na hora de mandar uma mensagem
Acesso a alguns ícones que serão exclusivos para a versão paga do aplicativo
Exibição de um selo no perfil para diferenciar de contas gratuitas
Opção para ver as atividades dos amigos nas últimas 24 horas
Opção para saber quais dos seus amigos viram seus stories mais de uma vez

Algo que chamou a atenção no lançamento do Snapchat Plus, entretanto, é que ele não oferece a vantagem que é a mais básica e a mais esperada para quem assina um serviço pago: a remoção dos anúncios.

De acordo com o presidente de produtos Snap, Jacob Andreou, eles não adicionaram essa vantagem de remoção de anúncios porque as propagandas estarão no centro do modelo de negócios da empresa a longo termo. Ou seja, quem quiser assinar só para se ver livre de propagandas na experiência do aplicativo, pode tirar o cavalinho da chuva.

Atualmente outros aplicativos sociais também estão trabalhando com modelos de assinaturas pagas, como é o caso do Twitter, do Telegram e até mesmo o Discord, que há anos vem faturando com a opção Nitro do seu mensageiro.

Em entrevista ao The Verge, ele revelou que já teve algumas conversas informais com executivos que trabalham em aplicativos pagos e muitos deles oferecem opções pagas com anúncios ou pretendem fazer isso. De acordo com Andreou, as assinaturas que são mais baratas, mas que não tiram os anúncios, podem monetizar menos pelo preço mais em conta, porém acabam trazendo mais lucros e benefícios por causa dessas propagandas que continuam.

Snapchat já planejava assinaturas há um tempo

O anúncio do Snapchat Plus acontece um pouco mais de um mês depois da empresa revelar uma queda no crescimento da sua receita. Porém Andreou revelou que isso não teve nenhuma influência já que o planejamento para trazer uma opção paga de assinatura para o aplicativo já existe desde 2016.

Já a pressa de já anunciar a novidade talvez tenha decorrido de alguns vazamentos sobre os novos recursos que aconteceram há cerca de 2 semanas, com informações contidas nos próprios códigos do aplicativo.

Por enquanto a opção da assinatura Snapchat Plus está disponível apenas em mercados selecionados como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Austrália, Nova Zelândia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Como o Brasil não um dos principais mercados da Snap, ainda está de fora dessa etapa inicial.

Fonte: The Verge