Agora você pode jogar Doom pela BIOS da placa-mãe

Agora você pode jogar Doom pela BIOS da placa-mãe

Os entusiastas que sempre tentam encontrar novas maneiras curiosas de instalar o Doom, de calculadoras a impressoras, se superaram novamente. Ficou provado ser possível instalar e rodar o lendário game, lançado em 1993, diretamente da BIOS da placa-mãe.

A chave para tal proeza tem um nome: Coreboot (originalmente chamado LinuxBIOS). Trata-se de projeto de código aberto, apoiado pela Free Software Foundation, que permite substituir o firmware proprietário da placa-mãe por um alternativo, com bem mais controle e flexibilidade para alterações.

Um dos recursos do Coreboot é a possibilidade de receber payloads, informações que podem ser aproveitadas de maneiras distintas, com base em alguma determinada extensão. O Payload garante a inclusão de recursos a base do Coreboot. Com a nova atualização, versão 4.17, que traz correções, novo bootloader e suporte estendido, é possível executar o Doom. O game é executado diretamente da memória ROM, característica de um firwmare, como a BIOS.

Evidentemente isso implica em limitações relacionadas ao próprio fato de estar rodando em ROM. Não é possível salvar os dados do game e quando você para de jogar o sistema trava sendo preciso reiniciar a máquina. Outras limitações incluem a impossibilidade de rodar Doom com som e a obrigatoriedade do uso de um teclado PS/2.

A versão de Doom que roda no Coreboot foi batizada de CoreDoom, baseada no DoomGeneric, há também um arquivo chamado Doom WAD para melhorar o desempenho. Além do Doom, o Coreboot também aceita os jogos Grub Invaders (Space Invaders) e Tint (Tetris). Por essa página você pode conferir a lista completa de placas-mãe compatíveis com o Coreboot.

Aproveite e conheça também o DoomLinux, uma distro Linux em que o foco é executar Doom. Criada por Shadly Salahuddin, pode ser baixado por essa página no GitHub.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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