A Samsung sempre lança seus novos tops de linha com duas opções de conjunto de processamento, uma liderada pelo seu chip próprio e outra pelo da Qualcomm. Para a nova família Galaxy S22 as opções foram o Exynos 2200 e o Snapdragon 8 Gen 1.
Com isso, sempre acontecem comparações e testes são realizados para descobrir qual dos dois garante mais potência, e dessa vez um teste realizado pelo canal Erdi Özüağ no Youtube revelou que a GPU Xclipse 920 do Exynos 2200 é 30% inferior quando comparada à GPU Adreno 730 do Snapdragon 8 Gen 1.
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Teste mostra Xclipse 920 inferior a Adreno 730
Eles fizeram esse teste utilizando duas variantes do modelo Galaxy S22 Ultra e descobriram também que o clock do novo processador da Samsung não melhorou muito quando comparado com a Mali-G78 MP14 do Exynos 2100 do ano passado.
Os resultados do teste já puderam ser divulgados já que o embargo para análises mais profundas foi liberado no mesmo dia em que a família de smartphones da Samsung chegou ao Brasil oficialmente.
Um desses testes é justamente o realizado pelo canal Erdi Özüağ, que revelou um comparativo entre um Galaxy S22 Ultra rodando com o Exynos 2200 e um Galaxy S22 Ultra rodando com o Snapdragon 8 Gen 1.
Um dos grandes focos dessa análise foi avaliar o desempenho das GPUs e, principalmente, ver o poder da nova Xclipse 920. Ela é uma GPU estreante que foi fabricada em microarquitetura RDNA 2, a mesma usada nas placas de vídeo Radeon RX 6000 e consoles e que garante clocks mais altos de 1.3000 MHz.
Na prática, infelizmente, esse poder não pareceu tão grandioso assim. Nem mesmo com a ajuda da AMD a GPU conseguiu ser comparada com a Adreno 730, que conseguiu rodar a 818 MHz e provou ter um desempenho 30% melhor.
No teste gráfico 3DMark Wild Life Extreme, o Galaxy S22 Ultra com o Snapdragon conseguiu atingir 2.492 pontos. Já a versão do S220 Ultra com o Exynos 2200 ficou com pontuação de 1.841. Ou seja, o resultado do teste com o chip da Samsung se mostrou 36% inferior ao do Snapdragon e, pior, praticamente o mesmo do Exynos 2100 que está presente no Galaxy S21 Ultra do ano passado.
Aquecimento com uso prolongado piora o desempenho do Exynos 2200
Quem também realizou alguns testes com os novos chips foi o site ComputerBase, que trouxe ainda mais detalhes sobre esses componentes e chegou para confirmar os resultados do teste do Youtuber. Ou seja, ele também confirmou que o Exynos é inferior ao Snapdragon e a GPU Xclipse perde por margens que vão além dos 30% em relação a Adreno.
Porém, ele também verificou que a estabilidade do sistema é afetada com um longo tempo de uso. Ele usou o teste de estresse do Wild Life Unlimited em Vulkan, que consiste em realizar o teste de benchmark várias vezes seguidas, nesse caso 20 vezes.
Com isso, ele notou que o Snapdragon 8 Gen 1 perde cerca de 30% de desempenho quando comparado do começo ao final do teste, caindo a pontuação de 10.433 para 7.923. Essa queda já era esperada e mesmo com ela, o chip ainda oferece um bom resultado que pode até mesmo ser comparado com o novo A15 Bionic da Apple e que é usado no iPhone 13 Mini.
Já o Exynos 2200 começa com uma pontuação já baixa de 7.837 e também vai perdendo cerca de 30% de desempenho até o final do teste, quando finaliza com 4.961 pontos. Ou seja, a Adreno 730 quando está em teste de estresse e sob o gargalo intenso fica equivalente a Xclipse 920 sem teste de estresse e com a pontuação inicial.
Quando se compara ambas depois do teste de estresse, a performance da Xclipse 920 chega a ser 70% inferior em relação à Adreno 730 sob aquecimento.
Porém, quando se utiliza a OpenGL que é uma API gráfica mais antiga e mais utilizada atualmente do que a Vulkan, os resultados acabam sendo mais favoráveis para a Xclipse 920. Nesse contexto ambas ficam com um nível de desempenho bem semelhante com uma ligeira vantagem de 4% para a placa gráfica da Samsung.
A empresa, inclusive, prometeu lançar uma atualização de firmware em breve para corrigir todos os problemas de desempenho do Exynos 2200. Mesmo com essa melhoria ainda é improvável que o update faça com que ela tenha um desempenho muito superior ao visto atualmente e chegue a bater frente a frente com o Snapdragon.
Ainda assim, vale a pena esperar os resultados de mais testes, principalmente depois da atualização, para saber se os números vão mesmo se traduzir para o mundo real. Lembrando que aqui no Brasil os aparelhos chegam com o processador da Qualcomm pela primeira vez depois de alguns anos.
Fonte: Erdi Özüağ, ComputerBase, VideoCardz