Político de Chicago quer banir GTA V

Político de Chicago quer banir GTA V

O vereador Marcus Evans, da cidade de Chicago, nos EUA, apresentou um projeto de lei, na última segunda-feira (22), para banir o jogo GTA V.

O parlamentar afirmou, em uma coletiva de imprensa, que os videogames contribuíram diretamente para onda de roubos de carros em Chicago.  No ano passado, houve 1.415 roubos de carro na cidade, de acordo com informações da polícia.

O projeto do vereador pretende proibir as vendas de GTA V em todo o estado de Illinois, cuja capital é Chicago. Segundo Evans, na coletiva, “GTA V e outros jogos violentos estão entrando na mente dos jovens e perpetuando a normalidade do roubo de carros.”

Ontem, quinta-feira (25), Evans afirmou que está sendo zoado pelos seus amigos gamers sobre o projeto e que, além disso, recebeu muitas ligações de todo mundo o questionando sobre a violação da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante a liberdade de expressão para todos os cidadãos.

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O vereador Marcus Evans, autor do projeto para banir GTA V. Créditos: Rep. Marcus Evans

No entanto, segundo ele, a intenção é resolver um problema. “Eu fiz o projeto após todas as conversas que nós [parlamentares]tivemos sobre o que a população está aceitando. Talvez eu vá adiante com o projeto, ou não… Mas esses jogos violentos não estão ajudando.”

O que pensam os especialistas e a comunidade sobre o ban em GTA V

O projeto do vereador Evans não foi levado a sério por ninguém do campo tecnológico ou da comunidade gamer. Muitos comentam que a tentativa do vereador em colocar a culpa em um jogo de videogame é mais um capítulo da velha história de tentar culpar produtos da cultura pop em problemas sociais.

De acordo com o jornal The Chicago Tribune, uma professora do curso de comunicações da Universidade de Illinois afirmou que o projeto de Evans é uma “legislação preguiçosa.”

Tentar banir GTA V para coibir o roubo de carros é uma forma de jogar os problemas para debaixo do tapete, pois, como seria feita essa proibição? Mesmo se o governo do estado conseguisse retirar todas as unidades do jogo das prateleiras das lojas, como fariam com a versão digital? Iriam bloquear todos os servidores das múltiplas plataformas que possuem o jogo? Ficaremos o questionamento.

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