Samsung supera a Apple e a Nokia e se torna a maior fabricante de celulares (e previsões para o futuro da Nokia)

Samsung supera a Apple e a Nokia e se torna a maior fabricante de celulares (e previsões para o futuro da Nokia)

Quando a Nokia divulgou a decisão de adotar o Windows Phone como sistema operacional titular para seus smartphones, muitos criticaram a decisão, argumentando que se era para optarem por um sistema de terceiros, a melhor opção seria o Android, que já se encontrava em um estágio muito mais avançado de desenvolvimento e estava em franca ascensão. O argumento da Nokia na época foi que o Android transformaria a empresa em “apenas mais uma”, lutando em um mercado já superlotado, sem ter como diferenciar seus produtos.

Tendo isso em mente, é interessante ver como outra empresa, que tomou a decisão oposta conseguiu com o Android o que a Nokia não conseguiu com o Windows Phone. Depois de um ano de grande crescimento, devido principalmente ao sucesso da série Galaxy, a Samsung encerrou o primeiro trimestre de 2012 como a maior fabricante de celulares, vendendo um total de 93.5 milhões de aparelhos, desbancando a Nokia, que desceu para a segunda posição depois de 14 anos consecutivos no topo.

Destes 93.5 milhões de aparelhos, 44.5 milhões foram smartphones, o que fez com que a Samsung levasse também o posto de maior fabricante de smartphones, superando os 35.1 milhões de aparelhos vendidos pela Apple e fazendo os pouco mais de 2 milhões de aparelhos com o Windows Phone vendidos pela Nokia parecerem piada.

 

Essa ascensão da Sansung mostra como poderia ter sido o futuro da Nokia caso a empresa tivesse optado pelo Android, já que na época a empresa tinha condições muito melhores que as da Samsung, com mais experiência na área de fabricação de hardware, melhores canais de distribuição e laços mais fortes com as operadoras e uma clientela de usuários mais fiel. Outro ponto importante é que as vendas da Samsung estão basicamente relacionadas à qualidade e apresentação do hardware, já que a Samsung não faz nada de especial em relação à personalização do Android para se diferenciar nesse aspecto (pelo contrário, o TouchWiz mais atrapalha do que ajuda nas vendas), chamando a atenção para o fato de que se a Nokia produzisse bons aparelhos, poderia vendê-los aos milhões sem nem ter que se preocupar em modificar o Android.

Segundo um ex-executivo, a Nokia estaria melhor até mesmo caso tivesse se mantido na linha anterior, apostando em uma migração suave do Symbian para o Meego. Meu palpite é que uma mistura das duas coisas (manter a aposta no Meego e ao mesmo tempo lançar uma linha de aparelhos com o Android) seria a alternativa mais segura. De qualquer maneira, a curva abrupta na direção do Windows Phone foi a pior escolha e os 1.3 bilhões de Euros de prejuízo apenas no último trimestre provam isso. 

Minha aposta para o futuro é que a Nokia continue perdendo dinheiro até o ponto de ser adiquirida pela Microsoft, tornando-se uma subsidiária responsável pela produção de aparelhos com o Windows Phone, similar à Motorola que foi adquirida pelo Google. Será um fim inglório para uma empresa que no passado revolucionou o mercado móvel tantas vezes.

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