Os ultrabooks estão engordando

Os ultrabooks estão engordando

A Intel originalmente apresentou os ultrabooks como uma classe de notebooks ultrafinos, capazes de concorrer com o Macbook Air, oferecendo ainda uma boa autonomia de baterias e um bom desempenho, com o uso de SSDs sendo fortemente estimulado. Embora caros, os ultrabooks seriam a nata em matéria de design de PCs, fortalecendo a plataforma em relação ao crescimento dos tablets e outros dispositivos.

Entretanto, basta examinar os anúncios recentes de ultrabooks para perceber algo estranho: os ultrabooks estão engordando e ficando mais pesados e se tornando cada vez mais parecidos com os notebooks regulares.

Isso está acontecendo devido a uma série de brechas na especificação da Intel que estão sendo exploradas pelos fabricantes para tentarem pescar algumas vendas, vendendo seus pesos médios como “ultrabooks”. Inicialmente, a ideia seria que os ultrabooks tivessem até 18 mm de espessura e telas de até 13″. Entretanto, logo a Intel criou uma regra aditiva, permitindo também a inclusão de modelos com telas de 14″ ou mais, que poderiam ter até 21 mm de espessura. O peso nunca foi oficialmente limitado, por isso os fabricantes também passaram a oferecer modelos mais pesados, chegando perto dos 2 kg em muitos modelos, em vez dos 1100 a 1350 gramas que vimos nos aparelhos da primeira geração.

Com o aditivo, muitos fabricantes passaram a incluir telas de 14″ em carcaças de 13″, reduzindo o espaço ocupado pelas bordas. Isso tornou possível o lançamento de modelos com dimensões similares aos da primeira geração, porém mais pesados e com 20 a 21 mm de espessura.

Os SDDs também estão sendo raramente usados nos novos modelos, já que os fabricantes logo descobriram que o uso de HDs híbridos permitem criar aparelhos capazes de acordar em 7 segundos como demandando pela Intel sem a necessidade do uso de SSDs, que aumentam consideravelmente o custo.

Naturalmente, nem tudo é ruim, já que apesar de maiores do que originalmente seria de se esperar, estes ultrabooks são mais finos e leves que a maioria dos notebooks do mercado, mas os modelos atuais estão longe dos ideias da plataforma. A menos que a Intel consiga vencer a queda de braço, impondo normas mais rígidas, os ultrabooks se tornarão apenas uma classe intermediária entre os notebooks e os ultraportáteis, perdendo muito de seu encanto.

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