2012: O ano dos SSDs?

2012: O ano dos SSDs?

Segundo muitos, o upgrade mais dramático que você pode fazer em um PC ou notebook atualmente é um SSD. Embora pareça sensacionalista, a ideia tem uma certa lógica, já que um (bom) SSD melhora bastante o tempo de carregamento do sistema operacional e aplicativos, resultando em uma melhoria subjetiva de desempenho maior do que atualizar o processador ou adicionar mais memória por exemplo. Como muita gente hoje em dia usa predominantemente serviços de armazenamento em nuvem para fotos e vídeos, a capacidade dos SSDs está se tornando suficiente para uma parcela cada vez maior de usuários, sem falar na velha possibilidade de usar um SSD para boot e um HD magnético para arquivos.

Apesar do aumento na procura, o preço dos SDDs continua caindo, a ponto de a Kingston já estar prometendo que a memória flash cairá para abaixo dos US$ 1 por gigabyte a partir de 2012, possibilitando o surgimento de SSDs mais baratos, capazes de atrair um percentual maior de compradores. Estes novos drives se dividirão em duas classes, com drives de 128 GB ou menos caindo para a casa dos US$ 60 a US$ 120 , faixa de preço antes exclusiva dos HDs magnéticos, e SSDs de 500 GB ou mais aparecendo no mercado a preços aceitáveis.

Na prática, os usuários de desktops, especialmente os que comprar um SSD diretamente na loja são um percentual bem pequeno do mercado. O grande filão para os SDD está mesmo nos notebooks, netbooks e principalmente nos ultrabooks com drives pré-instalados. A partir do momento em que eles se tornam populares, os SSDs automaticamente ganham mercado rapidamente.

Outro fator que pode impulsionar o crescimento dos SSDs é a quebra na produção dos HDs magnéticos causados pelas enchentes. Nos EUA, os preços dos HDs magnéticos já praticamente triplicaram em relação aos valores de antes da crise, causados pelo pânico em torno da potencial falta de drives no mercado. A situação ainda demorará vários meses (segundo muitos analistas, só voltará realmente ao normal a partir do final de 2012, depois que toda a demanda acumulada for suprida), dando chance aos SSDs de ganharem terreno em muitas frentes.

A grande questão é ainda o problema da confiabilidade, já que a pressão por custos baixos tem levado os fabricantes a direcionarem à produção aos drives com chips de memória flash MLC de dois bits por célula, com muitos já adotando o uso de chips MLC de três bits por célula, que são ainda menos duráveis. Com os próprios fabricantes parecendo confusos em relação à real vida útil dos drives, muitos ainda estão preferindo ficar do lado seguro da cerca, esperando a situação se definir. 

 

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