A Microsoft está coletando royalties de mais da metade dos aparelhos com o Android

A Microsoft está coletando royalties de mais da metade dos aparelhos com o Android

A Microsoft anunciou a pouco mais um acordo de licenciamento de patentes em relação ao Android, o décimo acordo como este desde o início do ano. A vítima agora é a Compal, que passará a pagar um valor ainda não especificado por cada aparelho com o Android produzido. Embora a Compal não venda aparelhos sob sua própria marca, ela produz smartphones e tablets para diversos fabricantes, com uma receita total de 28 bilhões anuais.

Se tomarmos como base os acordos anteriores com o HTC e outros fabricantes, a Compal deve pagar algo em torno de US$ 5 por aparelho vendido, o que não parece muito se tomarmos como base o valor cheio dos aparelhos, mas como no caso dos smartphones o bolo é dividido entre muitas partes, US$ 5 limpinhos por cada aparelho são um valor significativo, que entram diretamente no cálculo de produção e acabam resultando em um aumento de R$ 30 ou mais no custo final por aparelho aqui no Brasil.

Segundo a Microsoft, 53% dos aparelhos com o Android já estão pagando a taxa Microsoft, devido principalmente às vendas da Samsung e HTC, que assinaram contratos anteriormente.

No mercado ODM, que inclui fabricantes como o Quanta e a Compal, que produzem para outros, o percentual não é muito diferente:

De fato, a Microsoft tem ganhado mais dinheiro vendendo proteção para os fabricantes do Android do que com o Windows Phone 7 e o Windows Mobile combinados o que para muitos enquadra a empresa como patent-troll dentro do mercado mobile.

Apesar da evolução notável do sistema, o Android pode enfrentar tempos difíceis devido à estas questões legais, já que assim como a Microsoft, muitas outras empresas estão tentando ficar com a sua parte do bolo através de processos relacionados a patentes. Se isso continuar, podemos chegar ao ponto de que os fabricantes terão que pagar tanto dinheiro na forma de taxas de proteção, que o sistema perderá sua competitividade.

Naturalmente, o Google não anda feliz com situação. Em um anúncio recente foi dito: “Essa é a mesma tática que temos visto repetidamente vinda da Microsoft. Tendo falhado no mercado de smartphones, eles estão agora apelando para manobras legais para extorquir lucro das conquistas dos outros e prejudicar o ritmo da inovação“. 

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