OMS: celulares podem causar câncer

OMS: celulares podem causar câncer

Embora os celulares venham sendo usados em larga escala a quase duas décadas, pouco se sabe sobre os possíveis danos a longo prazo causados pelas emissões electromagnéticas dos aparelhos. É fato que os aparelhos atuais são mais seguros que os aparelhos antigos, pois não apenas trabalham com uma potência de transmissão muito mais baixa (na casa dos 100 milliwatts durante as ligações) quanto na maioria dos casos operam em faixas de frequência acima dos 2.1 GHz, que faz com que o sinal tenda a ser convertido em calor em contato com a pele, em vez de penetrar os tecidos.

A dificuldade em realizar estudos de longo prazo (que demandam muitos anos para serem concluídos, por motivos óbvios), os resultados inconclusivos de muitos estudos e o lobby das grandes operadoras de telefonia fizeram com que nunca houvesse uma definição sobre o assunto, com muitos profissionais de saúde argumentando cinicamente que usar o celular alguns minutos por dia não faz mal, mesmo sabendo que muitos usuários os utilizam por horas a fio.

Embora ainda esteja longe de ser uma conclusão, depois de muitos anos de pesquisas e debates a Organização Mundial de Saúde chegou a uma definição, classificando o uso de celulares dentro da categoria 2B, uma categoria que engloba fatores que podem influenciar o aparecimento de câncer. O report destaca um aumento no risco de desenvolvimento de glioma, um tipo de câncer que atinge o cérebro e neuroma acústico.

Para quem leva essas coisas a sério, valem os conselhos de sempre: segurar o aparelho a uma pequena distância do ouvido ou, preferencialmente, usar fones de ouvido para as chamadas de voz, ou simplesmente usar mensagens de texto sempre que possível. O nível de emissões decai rapidamente conforme aumenta a distância, por isso o simples fato de segurar o telefone a 1,5 centímetros do ouvido já é o suficiente para reduzir os riscos e uma distância de 30 centímetros ou mais (como ao falar no viva voz) já pode ser considerada segura. Fones bluetooth são também uma possível medida, já que embora também utilizem radiofrequência, trabalham com uma potência muito mais baixa que a dos aparelhos (10 milliwatts ou menos).

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