Synergy: nVidia Optimus chegando aos desktops

Synergy: nVidia Optimus chegando aos desktops

Para alguém preocupado com o consumo elétrico, comprar ou não uma GPU dedicada é uma decisão um pouco mais problemática do que uma simples questão de custo-benefício, já que além do custo da placa é preciso levar em conta o aumento no consumo elétrico.

No caso dos notebooks esta é uma questão ainda mais crítica, o que levou a nVidia a criar o Optimus, um sistema de chaveamento que permite usar a GPU integrada em tarefas leves para economizar energia e disparar a GPU dedicada em jogos, aplicativos 3D e em operações de decodificação que sejam executadas pela GPU.

A primeira geração chegou ao mercado em 2006 e foi usada em modelos como o Asus N10JC e o Sony Vaio SZ-110B. Neles o chaveamento era ainda feito manualmente, através de um switch, e você precisava reiniciar cada vez que desejava mudar. Com isso, a maioria acabava preferindo usar um ou outro o tempo todo, chaveando raramente, ou nunca.

A segunda geração pode ser encontrada em modelos fabricados a partir de 2008, onde o chaveamento passou a ser feito via software. Neles, ainda é necessário fazer a mudança manualmente (alterando a opção nas propriedades de energia), mas pelo menos deixou de ser necessário reiniciar. O grande problema era que o chaveamento estava longe de ser transparente (o vídeo ficava bloqueado por 6 a 12 segundos) e você precisava fechar todos os aplicativos que usavam funções 3D ou de aceleração (jogos, players de vídeo usando a decodificação via hardware, etc.) antes de chavear.

O Optimus é a terceira geração da tecnologia, anunciada em fevereiro de 2010. A vantagem dele em relação às duas gerações anteriores é o fato de ser baseado em um sistema de chaveamento automático, capaz de chavear entre o chipset de vídeo integrado e a GPU dedicada, de acordo com os aplicativos.

Apesar da demanda, a nVidia vinha resistindo à ideia de oferecer o Optimus em desktops, esquivando-se com a desculpa de que as melhorias nos sistemas de gerenciamento das GPUs tinha reduzido muito a diferença de consumo e que por isso o ganho oferecido pela tecnologia seria muito pequeno. Entretanto, com o lançamento do Sandy Bridge, a Intel conseguiu passar a oferecer pelo menos um diferencial na GPU integrada, o Quick Sync, que permite converter vídeos em uma velocidade muito superior até mesmo à oferecida pelas melhorias GPUs da nVidia, usando uma engine dedicada incluída no processador. Ao instalar uma GPU dedicada você perde o suporte ao Quick Sync, o que fez com que muitos passassem a pensar duas vezes.

Pressionada, a nVidia está se apressando em levar o Optimus aos desktops, sob o nome “Synergy”. Esta é uma solução 100% baseada em software, que deve funcionar para todas as placas das séries 400 e 500 em conjunto com placas baseadas no 67, H61 ou Z68 e será disponibilizada em breve como parte de uma atualização dos drivers.

Infelizmente, a boa notícia não se aplica aos usuários Linux (que continuam sem suporte ao Optimus) e aos donos de placas com o P67, onde a GPU integrada fica irremediavelmente desativada.

Sobre o Autor

Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X