Intel insiste no MeeGo apesar da saída da Nokia

Intel insiste no MeeGo apesar da saída da Nokia

Apesar do pacto entre a Nokia e a Microsoft, a Intel anunciou que continuará investindo no desenvolvimento do MeeGo e impulsionando a adoção do sistema. Como afirmado por Renee James: “A Intel está desapontada com a Nokia, mas a vida continua (…) Nossa decisão e determinação em relação ao MeeGo fica apenas mais forte“.

O cronograma de desenvolvimento continua atrasado, mas a Intel pretende colocar no mercado um tablet baseado no sistema, seguido por um modelo de smartphone, ambos utilizando uma versão de baixo consumo do Atom. Apesar dos avanços em relação à redução no consumo, a Intel continua tendo grandes dificuldades em convencer os fabricantes a utilizá-lo, enfrentando dificuldades similares às que fabricantes de SoCs ARM enfrentam para colocá-los em notebooks e PCs. Simplesmente, existem tantas opções de SoCs ARM, nas mais variadas faixas de preços, e os fabricantes já estão tão familiarizados com eles que é difícil para a Intel convencê-los das potenciais vantagens do Atom. O MeeGo é a principal esperança da Intel para mudar o jogo, já que um sistema bem otimizado para o Atom seria um bom argumento de vendas.

Embora a Intel ainda conte com o apoio de várias grandes, incluindo a Ericsson, TI, operadoras como a Orange e a Sprint e até mesmo da AMD, é inegável que o casamento da Nokia prejudica bastante os planos de popularização do MeeGo, já que a Nokia seria a principal consumidora do sistema, com potencial para colocá-lo em algumas centenas de milhões de aparelhos, que agora rodarão o Windows Phone 7 e usarão chips ARM em vez do Atom.

Outro problema é que, a menos que a parceria com a Microsoft se revele um beco sem saída e afunde a Nokia, tudo aponta para um futuro dividido entre três sistemas: Android, iOS e Windows Phone. Tanto o Android quanto o iOS já estão bem estabelecidos, contando com uma enorme variedade de aplicativos e uma grande base instalada. O Windows Phone é o azarão, entrando agora no páreo para tentar recuperar o terreno perdido, mas ainda com chances de se estabelecer graças à parceria com a Nokia e a adoção por parte de outros fabricantes. O MeeGo por sua vez chegará ainda mais atrasado (ele chega para valer no mercado daqui a mais um ano, isso se tudo der certo) e sem nenhum aliança de peso, com chances muitas ordens de magnitude menores.

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