Último suspiro: Nokia faz tecnologia DSL chegar a 825 Mbps

A joint-venture Nokia Siemens Networks anunciou que foram realizados com sucesso os testes de uma tecnologia que pode aumentar a capacidade de transmissão em fios de cobre comuns. O resultado é surpreendente: 825 Mbps para uma distância de 400 metros de fios de cobre, e 750 Mbps a uma distância de 500 metros. Hoje em dia a tecnologia DSL se vê limitada aos 100 Mbps, e se esta nova tecnologia se tornar viável comercialmente, poderá permitir aos provedores de DSL, como o serviço Speedy da Telefônica, que explorem muito mais sua infraestrutura de cobre.

A NSN conseguiu o feitio criando canais fantasmas (virtuais) que suplementam os dois fios físicos, que é a configuração padrão nas linhas de transmissão cobreadas. Demonstrada inicialmente pela Alcatel-Lucent em abril deste ano, a técnica se chama “Phantom DSL” e pode aumentar as velocidades atuais da rede convencional de 50% a 75%.

Eduard Scheiterer, chefe deste setor na NSN, disse em um comunicado que o “estabelecimento de rede nova de fibra óptica para residências ainda é caro demais, embora seja capaz de se oferecer velocidades muito altas e seja uma solução definitiva para os requisitos de largura de banda de longo prazo. No entanto, o uso inovador de tecnologias, tais como os circuitos fantasmas, ajudam as operadoras a fornecer uma conectividade eficiente com fios de cobre existentes.”

É interessante notar que a rede de fios tradicionais de linhas telefônicas poderá ter uma competitividade ainda com a banda larga por cabo e por fibra óptica. As atualizações na tecnologia DSL chegam em tempo útil, já que este tipo de rede está perdendo impulso no mercado dos países desenvolvidos e futuramente aqui, e as operadoras não querem deixar de lado suas redes onde foram investidos dinheiro a rodo.

Enquanto que as redes de fibra óptica são a melhor solução a longo prazo, possivelmente veremos o último suspiro das redes de cobre, já que as operadoras precisam extrair o máximo de suas infraestruturas, sem perder muito terreno para os rivais por cabo e até sem fio, como a 3G. Mas vale lembrar que estes testes não exploraram longas distâncias, além de outras restrições técnicas. Vejamos no que dá.

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