Games 3D remotos com o OnLive

Games 3D remotos com o OnLive

Com o crescimento na demanda por computação em nuvem, não é de se estranhar que ela finalmente tenha chegado aos jogos. Não estou me referindo a jogos 2D em Flash ou Java, como já temos a mais de uma década, mas sim a títulos como o Assassin’s Creed 2, Batman: Arkham Asylum ou o Borderlands executados remotamente em um sistema de terminal server, oferecido pela OnLive.

A ideia básica da plataforma é permitir que os jogos sejam rodados em PCs de configuração modesta, bem como em netbooks, tablets, WebTVs e até mesmo em smartphones, usando uma malha de servidores remotos, que executam o jogo e um cliente local que funciona como um terminal burro, monitorando o teclado e mouse e exibindo os quadros pré-renderizados. Se você alguma já acessou alguma vez uma seção remota com som em um servidor WTS ou FreeNX, vai logo perceber que o conceito é exatamente o mesmo.

O OnLive funciona como uma loja-online, similar ao Steam, onde você pode comprar o acesso aos jogos (os preços não são muito diferentes dos do Steam), ou rodar demos. Uma das principais diferenças é que existe também a opção de alugar os jogos, pagando 5 ou 10 dólares por alguns dias de acesso.

O sistema permite rodar os jogos a até 1280×768, com cerca de 15 frames por segundo, sincronizados com a atualização da tela. Está longe de ser similar a jogar em um PC de configuração adequada, mas (para quem está nos EUA, fisicamente próximo a um dos servidores) funciona moderavelmente bem.

Como o grande problema do serviço é a latência, o serviço oferece servidores em vários locais, conectando cada usuário ao servidor mais próximo. Para que tudo funcione satisfatoriamente, é necessário ter uma conexão de banda larga de pelo menos 5 megabits, em um provedor que ofereça uma boa intercomunicação com a AT&T, que fornece os links de conexão.

Como pode imaginar, ele está por enquanto disponível apenas nos EUA, mas é uma ideia que pode eventualmente checar até aqui. Sem dúvida existe um grande mercado de jogadores ocasionais, mas por outro os desafios técnicos também são grandes, já que o serviço exige a presença de conexões muito rápidas e de acesso de baixa latência (50 ms ou menos) aos servidores, o que no Brasil só seria possível caso instalassem servidores locais em cada um dos estados onde o serviço fosse ser oferecido.

Sobre o Autor

Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X