Google TV. Sim, isso mesmo, TV…

Google TV. Sim, isso mesmo, TV…

Poucos dias atrás, tivemos a a notícia de que as vendas dos aparelhos com o Android ultrapassaram o iPhone 3G, se tornando a plataforma de smartphones mais vendida nos EUA (mundialmente, o Symbian ainda continua sendo o mais vendido). Apesar do início lento, o Google Chrome também continua ganhando terreno e, ao que tudo indica, pode atingir os 20% de participação no mercado de navegadores web.

Com as duas frentes asseguradas, muitos se perguntaram qual seria o próximo passo do império Google em sua marcha rumo à dominação mundial e a resposta não demorou a surgir. Em parceria com a Sony, foi lançado o Google TV (sim, isso mesmo, TV…).

Naturalmente, não se trata de uma nova emissora de TV a cabo, mas sim de uma tecnologia de “TV inteligentes”, que combina o acesso a vídeos de vários serviços (YouTube, Netflix, Amazon Video, etc.) com navegação web e aplicativos para o Android, com uma interface otimizada para o uso em TVs.

Embora ainda não esteja disponível para o Brasil, o Netflix é um serviço de streaming de vídeos extremamente popular nos EUA, que oferece acesso a um grande catálogo de DVDs, que podem ser assistidos via streaming a um custo mensal fixo. Ele funciona como uma locadora, com a diferença de que você não precisa retirar e devolver os filmes e pode assistir quantos quiser por um valor mensal fixo. Outros serviços, como o Amazon Video, a versão paga do Hulu e outros também funcionam de maneira similar, oferecendo venda ou aluguel de filmes via streaming a um custo mais baixo do que a compra ou aluguel.

Ao que tudo indica, estes serviços irão substituir a venda e o aluguel de filmes nos próximos anos, assim como os sistemas de streaming e venda de músicas online substituíram a venda de CDs. Temos ainda ainda o YouTube e os demais serviços de streaming, que estão cada vez mais roubando o espaço das emissoras de TV por assinatura. Hoje em dia, pouca gente tem tempo ou paciência para assistir os programas em horários específicos, com os blocos intercalados com propagandas, daí o rápido crescimento dos serviços de vídeo sob demanda.

Tendo isso em mente, a aposta do Google parece acertada, eliminando a grande barreira para a adoção destes serviços, que é a dependência do PC.

Em resumo, o Google TV nada mais é do que a combinação do Android, Flash e serviço de pesquisa do Google, rodando sobre um sistema embarcado que pode ser integrado diretamente em novas TVs, ou ser plugado nas existentes através de uma set-top-box. A interface segue a mesma ideia de outros sistemas para HTPCs já existentes, com um menu de favoritos, playlist, navegador web, etc. A principal diferença é que ele oferece também integração com o serviço de pesquisas do Google (ao pesquisar por um determinado filme ou programa, a busca é feita em vários serviços de streaming e também nos arquivos locais) e integração com o Android Marketplace, para o download de softwares e jogos. O post no blog oficial inclui um vídeo que apresenta o conceito:

Surpreendentemente, a plataforma não é baseada em processadores ARM, mas sim no Intel Atom CE4100, cujo uso foi confirmado tanto plea Sony quanto pela Logitech. Os primeiros produtos devem chegar ao mercado ainda em 2010 e o Google prometeu disponibilizar a código-fonte da plataforma no Google Summer of Code de 2011.

Por enquanto tudo parece muito bom, mas é preciso ter uma boa dose de cautela, já que além da assustadora perspectiva de dar ao grande império informações também sobre o que você assiste na TV, temos também a questão do preço, disponibilidade dos serviços no Brasil e várias outras questões. Não podemos esquecer também que o serviço é projetado para funcionar em conjunto com uma conexão de banda larga de pelo menos 2 mbps, o que ainda está fora da realidade da maioria dos assinantes por aqui.

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