O que realmente muda quando um celular tem 8 GB, 12 GB ou 16 GB de RAM?

A partir de um teste, entenda melhor a diferença entre smartphones com diferentes quantidades de RAM!

Quando se trata de smartphones, a quantidade de RAM sempre gera dúvidas: 8 GB, 12 GB ou 16 GB? O que realmente muda com o aumento dessa memória?

Como nada melhor do que testes práticos, hoje vamos usar um teste feito pelo Android Authority para entender melhor como essas diferentes configurações impactam o uso real. Confira!

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O papel da RAM nos smartphones

RAM

A RAM (Random Access Memory) é essencial para o funcionamento de qualquer dispositivo, incluindo smartphones. Ela armazena temporariamente os aplicativos em uso, o sistema operacional e seus dados, permitindo transições rápidas e eficientes entre tarefas.

Ou seja, quanto mais RAM um dispositivo tem, mais aplicativos ele consegue manter abertos simultaneamente, sem precisar fechá-los para liberar espaço, o que resulta em uma experiência de uso muito mais fluida e sem travamentos inesperados.

Os testes realizados

No caso do teste do Android Authority, foram usados três smartphones: o Samsung Galaxy S21 Ultra, com 12 GB de RAM; o OnePlus 9 Pro, com 8 GB de RAM; e o Pixel 3 XL, com 4 GB de RAM.

O teste envolveu uma série de situações, como abrir uma sequência de aplicativos pesados, incluindo jogos exigentes, e monitorar o uso da RAM e do espaço de troca (swap). O objetivo era identificar o ponto em que o Android seria forçado a encerrar um aplicativo em segundo plano para liberar memória.

O que é swap e como ele afeta o desempenho

Antes de entender os testes, é importante entender o conceito de swap. O swap é uma técnica utilizada para gerenciar a memória do dispositivo quando a RAM está cheia. Quando o sistema operacional percebe que não há mais espaço na RAM, ele move as informações menos usadas para um espaço de armazenamento secundário, liberando memória para novos aplicativos.

Nos dispositivos Android, esse processo é um pouco diferente: ao invés de usar o armazenamento interno (como em PCs), o sistema utiliza o zRAM, que comprime os dados e os mantém na própria RAM. Isso economiza espaço, mas tem um custo de desempenho, já que o sistema precisa descomprimir esses dados quando eles são usados novamente. Esse gerenciamento é crucial para garantir que o smartphone continue rápido e responsivo, mesmo com vários aplicativos abertos.

Resultados: 8 GB, 12 GB e 16 GB de RAM

RAM

O aparelho com 4 GB conseguiu manter três jogos abertos simultaneamente (Subway Surfers, 1945 Airforce e Candy Crush), mas ao abrir o quarto jogo (Brawl Stars), o Android fechou o Subway Surfers para liberar memória. Isso mostra que, com apenas 4 GB, o smartphone precisa recorrer frequentemente ao swap e é incapaz de sustentar uma experiência de multitarefa fluida para aplicativos mais pesados.

O OnePlus 9 Pro, com 8 GB de RAM, apresentou um desempenho sólido, lidando bem com as tarefas do dia a dia e até com jogos pesados. Porém, com quando a tecnologia RAMBoost estava ativada, ele apresentou um gerenciamento agressivo de memória, fechando aplicativos em segundo plano mesmo com recursos livres. Esse comportamento, comum em alguns fabricantes, mostra que, embora 8 GB sejam suficientes para a maioria dos usuários, a experiência pode variar dependendo da interface e das otimizações do sistema.

O Galaxy S21 Ultra, com 12 GB de RAM, se destacou pelo excelente gerenciamento de memória. Durante o teste, o dispositivo manteve diversos jogos abertos sem fechar nenhum, mesmo quando o Chrome foi acionado com 12 abas simultâneas. Apenas neste ponto extremo o sistema forçou o fechamento de um jogo, mostrando que essa quantidade de RAM oferece uma experiência extremamente fluida para multitarefa intensiva, sem interrupções.

Embora o teste não tenha incluído um dispositivo com 16 GB de RAM, é possível entender que, para o uso cotidiano, essa quantidade de memória seria excessiva para a maioria dos usuários, já que o modelo de 12 GB deu conta do recado e foi além. No entanto, em aparelhos dobráveis, com múltiplas telas ou com recursos avançados de inteligência artificial, 16 GB podem fazer uma diferença significativa, garantindo que o dispositivo esteja preparado para o futuro e para aplicações mais exigentes.

Qual a melhor opção?

Para usuários comuns, 8 GB de RAM ainda oferecem um ótimo equilíbrio entre desempenho e preço, sendo mais do que suficiente para redes sociais, streaming de vídeo, navegação na web e até jogos moderadamente pesados.

Já 12 GB de RAM são ideais para quem quer uma experiência de multitarefa avançada, rodando diversos apps e jogos pesados ao mesmo tempo, sem preocupações com engasgos ou fechamentos inesperados.

Por fim, 16 GB de RAM são recomendados para entusiastas da tecnologia, gamers hardcore ou para dispositivos com recursos exigentes de IA e realidade aumentada.

Em resumo, o teste do Android Authority deixa claro que, em 2025, 8 a 12 GB de RAM são suficientes para a maioria das pessoas, oferecendo uma experiência rápida e responsiva. Enquanto isso, 16 GB permanecem como um luxo ou uma necessidade para casos de uso mais extremos. A escolha ideal dependerá do seu perfil de uso e do que você espera do seu smartphone nos próximos anos!

Fonte: Android Authority

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