Capítulo 1: As plataformas

Diferente de um PC, onde você pode escolher qual sistema operacional utilizar, substituindo o Windows por Linux (ou vice-versa), ou mesmo instalando vários sistemas no mesmo micro, nos smartphones a escolhas são mais restritas, já que, com poucas
exceções, você não tem como substituir o sistema pré-instalado por outros.

Em um exemplo simplista, seria como se você fosse escolher um notebook entre vários modelos, com configurações diferentes: alguns com o Vista, outros com o Ubuntu, outros com o XP, outros com o SuSE e assim por diante; com o complicador de que você não
poderia substituir o sistema depois de comprar.

Você teria que escolher, então, tanto a configuração do notebook, quanto o sistema operacional que seria usado durante toda a sua vida útil, o que tornaria a escolha bem mais complicada. Talvez, um determinado modelo tivesse todos os recursos que você
queria, porém usasse o sistema que você não gosta, enquanto que outro, com o sistema de sua preferência, fosse mais caro, ou tivesse menos recursos.

É comum que os smartphones sejam chamados de “plataformas”, indicando justamente esta combinação intrínseca entre o hardware, o sistema operacional e o conjunto de aplicativos que rodam sobre ele. Um bom exemplo é o iPhone, que foi desenvolvido quase
que inteiramente pela Apple, incluindo tanto o projeto do aparelho propriamente dito (o hardware) quanto o sistema operacional (software) e as ferramentas de desenvolvimento (o SDK), que permitem desenvolver aplicativos para ele.

Essa centralização, garante que o aparelho que você compra na loja realmente funcione como esperado, sem que você precise ficar procurando drivers e brigando com dependências e erros na hora de instalar programas adicionais (como no caso dos PCs), mas,
por outro lado, restringe um pouco sua liberdade de uso.

Ao comprar um smartphone baseado no S60, você fica restrito aos aplicativos escritos para o S60; ao comprar um com o Windows Mobile, fica restrito aos aplicativos do Windows Mobile, e assim por diante. Existem algumas exceções, como no caso do StyleTap
(mais detalhes a seguir), que permite rodar aplicativos para o PalmOS em outras plataformas, além das distribuições Linux que podem ser instaladas em outros aparelhos, mas eles são casos isolados.

Esse conjunto de fatores faz com que, muito mais do que em qualquer outra área, o sistema operacional e os softwares sejam dois fatores cruciais na hora de escolher um smartphone; em muitos casos mais importantes até mesmo que os recursos de hardware
do aparelho. Vamos começar então estudando as plataformas disponíveis, para então entrar em detalhes sobre os componentes e as opções de aparelhos.

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