Montando a rede

Agora que já vimos uma boa dose de teoria, vamos à parte prática, começando pelo cabeamento da rede.

Uma das principais vantagens dos cabos de par trançado é que eles podem ser crimpados rapidamente, no local, usando apenas ferramentas simples, diferente dos cabos de fibra óptica, que precisam de uma preparação mais cuidadosa.

Em redes maiores, crimpar os próprios cabos é uma necessidade, pois você precisa passar os cabos por dentro das tubulações ou pelo teto e é quase impossível fazer isso com um cabo já crimpado, sem falar no uso de tomadas de parede, patch panels e
outros componentes.

Mesmo em uma rede doméstica, crimpar os próprios cabos oferece uma flexibilidade muito maior, pois você pode crimpar cabos do tamanho exato e aproveitar as tubulações de telefone para passar os cabos através das paredes, evitando acidentes com cabos
espalhados pelo chão. Além disso, cabos já crimpados custam mais caro do que comprar os cabos e conectores avulsos, o que pode fazer uma boa diferença em uma rede com muitos pontos.

Em redes de 10, 100 e 1000 megabits, o comprimento máximo dos cabos é de 100 metros, tanto entre o switch e o PC quanto entre dois switches ou hubs. Como os switches atuam como repetidores, você pode usar um cabo de 100 metros do PC até o switch e
outro de mais 100 metros do switch até o dispositivo seguinte sem comprometer o desempenho da rede.

Ao usar tomadas de parede, ou qualquer tipo de conexão entre os dois dispositivos, o comprimento total do cabo (somando o trecho até a tomada e o trecho da tomada até o PC) não deve superar os 100 metros. Não existe um limite formal para o comprimento
mínimo dos cabos, mas é recomendável evitar usar cabos muito curtos, com menos de 30 centímetros.

Naturalmente, os 100 metros não são um número exato. A distância máxima que é possível atingir varia de acordo com a qualidade dos cabos e dos conectores e as interferências presentes no ambiente. Já vi casos de cabos de 180
metros que funcionavam perfeitamente, e casos de cabos de 150 que não. Ao trabalhar fora do padrão, os resultados variam muito de acordo com as placas de rede usadas e outros fatores. É justamente para permitir que a rede funcione “sempre” e não “às
vezes” que os padrões existem em primeiro lugar. Em vez de jogar com a sorte, é mais recomendável seguir o padrão, usando um hub/switch ou um repetidor a cada 100 metros (até o máximo de 5 repetições), de forma a reforçar o sinal.

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