Mais dicas

Como comentei, o uso do Terminal Services, combinado com o rdesktop é uma boa opção para casos em que você precisa oferecer o uso de aplicativos Windows para os usuários da rede ao usar Linux nos desktops, sem com isso precisar manter o sistema instalado em dual-boot em todas as máquinas, ou precisar usar máquinas virtuais com o VMware. 

Manter um único servidor com o Windows 2003, ou com o Windows XP (mais o XP Unlimited) acaba sendo uma solução muito mais simples e barata, sobretudo em casos em que os usuários precisam apenas de alguns serviços específicos.

Quando falo em “servidor” você pode ter a ideia de se tratar de uma máquina parruda, com vários gigabytes de memória e discos em RAID, mas isso não vem ao caso. Se a ideia for que o servidor atenda apenas a um pequeno volume de acessos, ou que atenda apenas um usuário por vez (que seria o caso de uma máquina com o Windows XP, sem o XP Unlimited), você pode usar basicamente qualquer máquina com uma placa de rede onde você consiga instalar o sistema.  

Você pode inclusive usar alguma máquina antiga. No meu caso, por exemplo, uso esse resto de notebook, o “hp”:

Ele é um HP nx6110, com um Celeron 1.4, que foi aposentado depois que o LCD quebrou. Depois de doar a placa wireless e o drive de CD-ROM, ele acabou ficando com pouca utilidade. Apesar disso, ele funciona muito bem como mini-servidor, já que tem potência suficiente para rodar aplicativos básicos, consome pouca energia (por ser um notebook) e tem um nobreak embutido (a bateria). 

Outra possibilidade com relação ao uso de micros antigos é transformá-los em clientes de um servidor WTS. O cliente passa então a simplesmente carregar um cliente RDP para obter a tela de login do servidor e rodar os aplicativos através dele, funcionando como um terminal burro. 

Uma boa opção é o AnywhereTS, um aplicativo Windows que gera uma imagem bootável, que permite inicializar os clientes via CD ou via rede, através de um servidor TFTP. Como todo o software é obtido via rede, os clientes não precisam sequer de um HD instalado. 

A imagem gerada é na verdade uma mini-distribuição Linux, que inicializa o cliente e usa o rdesktop para obter a tela de login do servidor. O executável do AnywhereTS é na verdade apenas um configurador, que reúne as informações necessárias e gera a imagem:  

O wizard precisa basicamente do endereço IP do servidor e do driver que será usado pela placa de vídeo, rede e som, além do layout de teclado que será usado nos clientes. No caso dos drivers, você pode usar a opção “Autodetect”, que faz com que o sistema de boot tente detectar os dispositivos durante a inicialização do sistema. Você pode gerar alguns CDs “genéricos” usando a detecção automática e deixar para criar imagens com os drivers indicados manualmente para inicializar os clientes problemáticos. 

Sobre o Autor

Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X