Capítulo 2: Configurando a rede

 No capítulo 1 estudamos sobre cabeamento, dispositivos de rede e sobre as tecnologias de transmissão que formam o “hardware” da rede, os componentes necessários para fazer os uns e zeros enviados por um computador chegarem ao outro. Vamos agora estudar sobre a configuração, ou seja, sobre o “software”, que inclui o protocolo TCP/IP e os demais protocolos e serviços de rede.

Pense nas placas, hubs e cabos como o sistema telefônico e no TCP/IP como a língua falada, que você realmente usa para se comunicar. Não adianta ligar para alguém na China que não saiba falar português. Sua voz vai chegar até lá, mas a pessoa do outro lado não vai entender nada. Além do idioma em si, existe a necessidade de ter assuntos em comum para poder manter a conversa.

Ligar os cabos e ver se os leds do switch e das placas estão acesos é o primeiro passo. O segundo é configurar os endereços da rede para que as estações possam conversar entre si e o terceiro é finalmente compartilhar a conexão, arquivos, impressoras e o que mais você quer que as outras estações da rede local tenham acesso, ou mesmo configurar seu próprio servidor e disponibilizar serviços diversos para a Internet.

Graças ao TCP/IP, tanto o Linux quanto o Windows e outros sistemas operacionais em uso são intercompatíveis. Não existe problema para as máquinas com o Windows acessarem a Internet através da conexão compartilhada no Linux, por exemplo. O TCP/IP é a língua mãe que permite que todos se comuniquem.

Atualmente, o TPC/IP é suportado por todos os principais sistemas operacionais, não apenas os destinados a PCs, mas a praticamente todas as arquiteturas, incluindo celulares, smartphones e até mesmo vários dispositivos bem mais simples que eles. Qualquer sistema com um mínimo de poder de processamento pode conectar-se à Internet, desde que alguém desenvolva uma implementação do TCP/IP para ele, juntamente com alguns aplicativos.

Até mesmo o MSX já ganhou um sistema operacional com suporte a TCP/IP e um navegador que, embora de forma bastante limitada, permite que um jurássico MSX com 128k de memória (ligado na TV e equipado com um modem serial) acesse a web. Se duvida, veja com seus próprios olhos no: http://uzix.sourceforge.net/uzix2.0/.

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