Dash

 Em seguida temos o Dash, que tenta oferecer uma opção mais moderna ao velho menu iniciar, combinando a exibição de aplicativos e arquivos com opções de pesquisa. Ele é baseado no uso de “lentes”, que nada mais são do que os diferentes menus de funções dentro do Dash. Além das lentes disponíveis por padrão, ele permite a adição de novas lentes com funções diretas, instaladas através de pacotes, como no caso das notificações.

Além do gerenciamento normal, que é feito pelo próprio sistema conforme os pacotes são instalados e removidos, é possível também adicionar ícones com comandos personalizados ao dash, mas isso envolver editar diretamente os arquivos. Acesse a pasta “.local/share/applications/” dentro do seu diretório home e crie um arquivo com a extensão .desktop, como em:

$ gedt .local/share/applications/sensores.desktop

Dentro do arquivo, siga este modelo:

[Desktop Entry]
Name=Sensores
Exec=watch sensores.sh
Icon=gnome-terminal
Terminal=true
Type=Application
StartupNotify=true

Neste exemplo, criei um ícone para lançar um shell script dentro de um terminal. As linhas importantes são o nome (Name), o comando a executar (Exec), ícone (Icon) e a “Terminal”, que deve ficar com o valor “false” para aplicativos gráficos em geral e “true” no caso de scripts e comandos que forem ser executados dentro do terminal. No exemplo, é criado um ícone chamado “Sensores”, que abre uma janela de terminal executando um pequeno script que criei para mostrar as temperaturas e outros dados dos sensores do sistema.

De volta ao launcher, além de clicar sobre os ícones ou usar o Alt+Tab, você pode alternar entre os aplicativos segurando a tecla Super (a tecla Windows, da esquerda) e pressionando o numeral correspondente. Super+1 chaveia para o primeiro aplicativo, Super+2 para o segundo e assim por diante. Com a prática, este se torna uma forma bastante eficiente de alternar entre eles, já que com os ícones fixos na barra, a ordem nunca muda, permitindo que você relaciona Super+2 com o Firefox e Super+5 com o LibreOffice, por exemplo.

Caso você tenha várias janelas abertas do mesmo aplicativo, você pode chavear entre elas pressionando Alt+‘ (a tecla logo acima da tecla Tab), que funciona como um bom complemento ao Alt+Tab, que chaveia entre janelas diferentes aplicativos.

Assim como é tradição nos ambientes gráficos do Linux, o Unity oferece múltiplas áreas de trabalho, que você pode usar para organizar as janelas (por default ao usadas 4 áreas, mas você pode aumentar o número delas através do MyUnity). Em vez de ficar alternando entre as janelas, você pode colocar diferentes grupos de janelas em que esteja trabalhando em diferentes áreas de trabalho e alternar entre as áreas.

Além de alternar entre as áreas usando o ícone na barra, você pode também alternar entre elas usando Super+S (abre o Exposé com todas as áreas) ou navegar diretamente entre elas pressionando Ctrl+Alt+setas direcionais. Você pode também mover a janela atual para outra área de trabalho com Ctrl+Alt+Shif+setas direcionais.

Para ser sincero, o Unity por default não oferece um nível de produtividade tão com quanto um gerenciador clássico, baseado na velha metáfora de barra de tarefas. Você acaba precisando de mais clicks para alternar entre as janelas e organizá-las. Lembre-se que o Unity foi feito com tablets e novos usuários em mente, que não costumam trabalhar com muitas janelas simultâneas.

Para compensar isso, o Unity oferece um bom conjunto de atalhos de teclado, que se bem dominados podem permitir obter uma produtividade similar ou até um pouco superior à que você obteria com uma interface clássica.

Pressionando a tecla F10, você tem acesso rápido ao menu do painel do aplicativo (no topo da tela) e pode alternar entre as opções usando as setas, uma forma rápida de acessar qualquer opção sem precisar tirar as mãos do teclado. Como de praxe, os menus são sempre fechados usando a tecla Esc.

Dando um toque rápido na tecla Super você abre o Dash. Pressionando Super+A ele é aberto diretamente na lente de aplicativos, com Super+F na de arquivos recentes e com Super+V na lente de vídeos. Pressionando Alt+F2 o Dash é aberto no modo de execução, que permite encontrar e abrir aplicativos pressionando as primeiras letras do nome, similar ao que tínhamos ao usar o Katapult e outros utilitários dos velhos tempos.

Muitas das opções dos aplicativos, bem como opções do sistema podem ser acessadas através do HUD, aberto com um toque rápido na tecla ALT esquerda. Basta digitar as primeiras letras da ação que você deseja (em Português mesmo) que o HUD exibe um menu com as opções possíveis. Nem todos os aplicativos são compatíveis com o HUD, o que limita um pouco a utilidade, mas você pode pelo menos usá-lo para alterar configurações do sistema e executar tarefas diversas. De uma forma geral, o HUD permite ganhar tempo em ações que estão escondidas sob várias camadas de menus, mas não é muito eficiente para funções que estão diretamente acessíveis na interface principal dos aplicativos.

Continuando com os atalhos, pressionando Super+? você maximiza a janela atual e com Super+? você a desmaximiza. A parte mais interessante entretanto é que com Super+? ou Super+? você ajusta a janela para ocupar metade da largura da tela, o que é uma forma simples de colocar duas janelas lado a lado. O botão de maximizar a janela também esconde um segredo. Clicando sobre ele com o botão direito você maximiza janela horizontalmente, e clicando com o botão do meio maximiza verticalmente.

Pressionando Ctrl+Alt+D você minimiza todas as janelas (uma opção ao botão de mostrar o desktop), e com Super+W você vê um exposé com todas as janelas do espaço de trabalho atual.

Outros atalhos disponíveis são o Ctrl+Alt+T (abre uma janela do terminal padrão), Super+T (abre a lixeira), Ctrl+Alt+L (bloqueia a tela) e Alt+PrtScn (tira um screenshot da janela atual, em vez da tela inteira). Você pode ver uma “cola” com as teclas de atalho mais comuns segurando a tecla Super por dois segundos.

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