Capítulo 4: OpenSUSE e o YaST

A SuSE foi fundada em 1992, como uma empresa de consultoria especializada em Linux, que oferecia uma versão do Slackware traduzida para o alemão, além de suporte e serviços de personalização. Grande parte do trabalho dos primeiros anos se concentrou no desenvolvimento de um conjunto de ferramentas de configuração, que deram origem ao YaST (Yet another Setup Tool), cujas primeiras versões foram lançadas em 1994. Desde então, o YaST se tornou o principal diferencial da distribuição: um painel de controle central, bastante poderoso, que permite administrar o sistema de forma relativamente simples.

A primeira versão oficial do SuSE Linux foi o “4.2”, lançado em maio de 1996; mas, como a numeração sugere, ela foi precedida por várias outras versões, que são hoje em dia consideradas não-oficiais. A versão “1.0”, por exemplo, foi uma versão do Slackware contendo pacotes de tradução para o alemão. Com o tempo, a distribuição abandonou o uso da estrutura do Slackware e adotou o uso de pacotes rpm e da estrutura de arquivos de configuração do Red Hat, dando origem à distribuição que conhecemos hoje.

Apesar de oferecer um bom conjunto de recursos, o SuSE sempre foi pouco usado no Brasil, devido ao fato de ser uma distribuição comercial, baseada na venda de caixinhas com as mídias de instalação e manuais impressos. Não existia nenhuma versão gratuita do sistema para download e não era permitido fazer cópias dos CDs (naturalmente, ninguém iria prendê-lo por distribuir CDs do SuSE, mas a prática não era encorajada).

Isso mudou a partir do final de 2003, quando a empresa foi adquirida pela Novell, que abriu o código-fonte do YaST e passou a recrutar voluntários para o desenvolvimento do sistema, dando origem ao OpenSUSE, cuja primeira versão (a 10.0) foi lançada em outubro de 2005. Uma curiosidade é que originalmente o “SuSE” era escrito com o “u” minúsculo, mas, por questões de marketing, a Novell o alterou para maiúsculo. É por isso que escrevemos “OpenSUSE” e não “OpenSuSE”.

Como de praxe, a Novell oferece também o SUSE Linux Enterprise Desktop e o SUSE Linux Enterprise Server, versões comerciais do sistema, destinadas ao uso corporativo, que combinam os pacotes do OpenSUSE com uma camada adicional de testes, serviços e suporte técnico. De certa forma, o relacionamento entre a Novell e o OpenSUSE é similar ao da Red Hat e o Fedora.

O principal destaque do OpenSUSE é a boa combinação de facilidade de uso e recursos. Em vez de remover recursos do sistema com o objetivo de reduzir o volume de escolhas e assim tornar o sistema mais simples de usar, os desenvolvedores optam por manter todos os recursos disponíveis e organizá-los através de opções do YaST e nos menus. Com isso, chegaram a uma distribuição com uma excelente apresentação visual e relativamente simples de usar, que, ao mesmo tempo, oferece um volume muito grande de opções avançadas. Aqui vai a obrigatória lista de links rápidos:

Site Oficial: http://www.opensuse.org/pt-br/
Download: http://software.opensuse.org/
Wiki: http://en.opensuse.org/Documentation
Lista de compatibilidade de hardware: http://en.opensuse.org/Hardware
Blogs: http://www.planetsuse.org/
Fórum: http://forums.opensuse.org/
Comunidade no Brasil: http://www.susebr.org/

Na página de download estão disponíveis duas versões live-CD, uma baseada no KDE e outra no GNOME e também uma versão em DVD, contendo todos os pacotes. Assim como no caso do Mandriva, as versões live-CD incluem uma imagem pré-instalada do sistema, onde você não tem a opção de personalizar a seleção de pacotes ao instalar no HD, enquanto a versão em DVD oferece um instalador tradicional, com um volume muito maior de opções de personalização.

 

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