Instalando o Kurumin

Uma diferença fundamental entre os live-CDs, como o Kurumin e distribuições Linux “tradicionais”, como o Mandriva, Fedora e Slackware, ou mesmo com relação ao Windows, é a forma como o sistema é instalado.

Tradicionalmente, os CDs de instalação das distribuições Linux contêm pacotes individuais de instalação dos programas juntamente com um programa de instalação. Ao dar boot através do CD, você abre um instalador, que se encarrega de instalar o sistema no HD. Depois de concluída a instalação, você reinicia a máquina e pode finalmente usar o sistema.

Durante a instalação, você pode escolher quais pacotes quer instalar e o instalador se encarrega de “montar” o sistema, instalando individualmente os pacotes marcados, como neste screenshot do instalador do Mandriva:

Esta abordagem permite um controle maior sobre o que será instalado, mas possui também algumas desvantagens:

* Torna a instalação mais complexa e confunde os usuários iniciantes (e muitas vezes também os avançados), já que pouca gente conhece a função de cada pacote e não sabe bem quais instalar. Nem sempre as descrições dos pacotes dão uma visão clara sobre sua função e importância. Para amenizar isso, os instaladores adotam um “meio termo”, onde você inicialmente escolhe entre algumas categorias, como “Ferramentas de escritório”, “Programação”, “Servidores”, etc., e acessa a tela de seleção manual de pacotes apenas se quiser personalizar a instalação.

* Aumenta muito o trabalho dos desenvolvedores, que precisam se preocupar em checar as dependências de cada pacote e a ordem em que eles devem ser instalados para manter a instalação consistente, independentemente do que o usuário escolher.

* O sistema pode ser apenas instalado, não roda direto do CD.

Nos live-CDs temos um sistema “base”, já configurado, que roda diretamente do CD. O instalador limita-se a copiar este sistema para o HD e fazer as alterações necessárias para que ele se adapte ao novo ambiente.

Apesar dos puristas torcerem o nariz, os live-CDs são uma forma tão mais prática de usar e instalar o sistema que cada vez mais distribuições passam a adotar este formato. Um exemplo clássico é o Ubuntu: nas primeiras versões ele utilizava um instalador “da velha guarda” em modo texto, mas a partir do 6.6 passou a ser distribuído primariamente na forma de live-CD.

Ao instalar o Kurumin no HD, são mantidas as configurações feitas durante o boot. Por isso, primeiro teste o sistema rodando a partir do CD e certifique-se de que o vídeo está corretamente configurado, as placas de som e rede estão funcionando, etc. antes de iniciar a instalação.

Se você não tem espaço suficiente no HD para criar várias partições, ou não quer arriscar seus arquivos mexendo no particionamento do HD (lembre-se: Só Jesus salva, o homem faz backup! ;), você pode ainda treinar usando o VMware Player, um virtualizador que permite instalar as distribuições dentro de máquinas virtuais, que abordo mais adiante. Graças ao VMware, também é possível rodar o Kurumin sobre o Windows.

A opção de instalar o Kurumin está bem visível dentro da tela inicial do Painel de Controle e você pode também chamar o instalador usando o comando “sudo kurumin-install” no terminal. No Painel estão organizadas também outras funções que usamos para configurar o sistema, que examinaremos com mais cuidado adiante.

O instalador é, na verdade, um script, localizado dentro da pasta “/usr/local/bin/”. Você pode estudá-lo e até alterá-lo caso necessário, usando um editor de textos qualquer. Assim como o instalador, muitas ferramentas aparentemente complexas, são, na verdade, scripts relativamente simples, que trabalham executando em ordem os comandos de texto necessários para realizar cada tarefa. Uma característica importante no Linux é que apesar de todas as ferramentas gráficas, toda configuração do sistema pode ser feita através do terminal, desde que você saiba os passos necessários.

Antes de instalar, vamos revisar alguns passos importantes:

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