Drivers e utilitários

Como este é um livro sobre “hardware”, optei por deixar de fora explicações sobre a instalação e configuração das diferentes versões do Windows, já que este é um tema já bem conhecido da maioria. Mas, um tema que vale a pena abordar, mesmo que de
passagem, é a questão dos drivers, que estão tão intimamente ligados ao hardware que podem, de certa forma, ser considerados parte dele. Este tópico é uma explicação geral sobre os drivers no Windows, enquanto o seguinte fala sobre o suporte a hardware no
Linux, traçando um paralelo entre as diferenças dos dois sistemas.

O driver funciona como uma ponte entre o sistema operacional e o hardware, permitindo que o sistema tenha acesso a todos os recursos oferecidos por ele. A qualidade do driver influencia diretamente a performance, estabilidade e também o volume de
recursos disponíveis. Duas placas com recursos similares podem oferecer um desempenho radicalmente diferente devido a diferenças nos drivers usados. Drivers problemáticos também estão entre os principais causadores de travamentos, telas azuis e erros em
geral, que, em alguns casos, resultam em sintomas muito similares aos causados por problemas no hardware.

Em muitos casos, os drivers incluem também o firmware da placa, que é carregado, a cada boot, em uma área volátil de memória no dispositivo. Isto abre ainda mais espaço para problemas relacionados aos drivers, além de dificultar o suporte no Linux e
outros sistema operacionais (já que, além do driver, é necessário ter em mãos o arquivo do firmware), mas oferece duas vantagens do ponto de vista do fabricante.

A primeira é a questão da economia, já que deixa de ser necessário incluir um chip de memória ROM ou Flash na placa. A segunda é que correções podem ser feitas com a atualização dos drivers (e, conseqüentemente, do firmware), o que permite que o
fabricante apresse o desenvolvimento do projeto, já que a maior parte dos erros e bugs pode ser corrigida posteriormente, com uma atualização dos drivers.

No mundo Windows, os drivers são desenvolvidos pelos próprios fabricantes. O sistema inclui uma biblioteca de drivers, atualizada próximo à data de lançamento do sistema, mas, com o passar do tempo, ela fica rapidamente desatualizada. Isso faz com que,
ao ser instalado, o sistema detecte o hardware da máquina apenas parcialmente e/ou utilize drivers desatualizados para os dispositivos.

A solução é instalar os drivers fornecidos pelo fabricante, como qualquer um que já reinstalou o Windows mais do que um punhado de vezes já está acostumado a fazer :). Os drivers podem ser fornecidos na forma de um conjunto de arquivos, onde você
acessa o utilitário para a instalação de novo hardware do Windows e indica o arquivo “.inf” dentro da pasta, ou na forma de um executável, que se encarrega de automatizar o processo de instalação.

Se você tem em mãos os CDs de instalação da placa-mãe e outros periféricos, o processo é simples, caso contrário você precisa perder algum tempo procurando drivers na web. Outro passo recomendável é verificar a disponibilidade de versões atualizadas
dos drivers, sobretudo para dispositivos mais complexos, como a placa 3D e a placa wireless. Drivers atualizados trazem sempre correções importantes e muitas vezes também ganhos de desempenho.

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