Correção de Erros

Por serem um meio analógico, as linhas telefônicas são muito passíveis de interferências, que podem ser notadas até mesmo quando conversamos com um amigo. Isto, fora outros problemas, como linhas cruzadas, estalos na linha, etc. que são gerados por
problemas com a linha ou com a própria central.

Conversando ao telefone, pequenos ruídos não chegam a atrapalhar muito, mas mesmo os menores ruídos são capazes de distorcer os dados enviados pelo modem, já que uma pequena alteração no tom de uma portadora pode alterar completamente seu conteúdo.

Assim como usamos códigos de correção de erro em HDs, disquetes, CDs e até na memória RAM para aumentar sua confiabilidade, é imprescindível o uso de correção de erro na comunicação via modem.

Os primeiros protocolos de correção de erro, usados na época dos BBSs, eram implementados via software, já que naquela época os modems não ofereciam nenhum recurso de correção via hardware. Exemplos de protocolos antigos são o Xmodem, Ymodem, Wxmodem,
Zmodem e Kermit. Atualmente o protocolo usado é o V.42, que é implementado via hardware, deixando o processador livre para executar outras tarefas.

A correção de erros via modem funciona agrupando os dados enviados em pequenos blocos, acrescentando a eles pequenos blocos de códigos de detecção de erros, chamados de CRC (Cyclical Redundancy Check). No caso do V.42, os códigos usados também permitem
corrigir alguns erros simples.

O modem receptor, por sua vez, verifica os blocos recebidos usando o bloco CRC. Caso perceba que os dados chegaram alterados, é enviado um sinal para o modem transmissor, solicitando o reenvio do bloco. Quanto menor for a qualidade da linha, menor será
a taxa de transferência alcançada, pois mais blocos terão que ser reenviados.

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