Capítulo 9: Vídeo, DVDs e gravação de CDs

Tudo começou quando alguém percebeu que ao exibir fotos muito rápido, as pessoas tinham a ilusão de movimento. Não demorou muito para inventarem as primeiras filmadoras, que ainda utilizavam película, e eram movidas à manivela. Depois, surgiu a
televisão, que tem um funcionamento muito parecido com os monitores. Elas recebem um sinal analógico através da antena ou cabo (os monitores CRT também são analógicos) e com ele varrem a tela, linha a linha, 30 vezes por segundo, criando as imagens.

Os filmes em película tem uma resolução muito boa, tanto que até hoje são usados nos cinemas, mas em compensação são caríssimos. Não é algo que você teria condições de assistir em casa por exemplo. A televisão por sua vez é bem acessível, o aparelho é
barato e os sinais podem ser transmitidos para o país inteiro e serem capitados até mesmo pelos nossos vizinhos, mas por outro lado, tem uma qualidade de imagem muito ruim se comparado com os filmes em película e existe o problema de interferência do
sinal. Logo depois surgiram as firas VHS, que armazenam vídeo com uma qualidade ainda inferior à da TV, mas em compensação, podem ser gravadas, regravadas, copiadas e distribuídas.

Mas, tudo isto é do tempo em que os computadores mais avançados equipavam salas inteiras, pesavam toneladas e demoravam horas para terminar cálculos complexos. Desde a década de 70, os computadores vem seguindo a lei de Moore e dobrando de desempenho a
cada 18 meses. Assistir um DVD, que seria algo impensável usando um 386, é brincadeira de criança para um processador atual. Por outro lado, quando foi o último grande avanço em se tratando de vídeo analógico?

Assim como áudio, imagens, texto, etc. trabalhar com vídeo digitalizado traz grandes vantagens. Não se perde qualidade ao tirar cópias ou editar o original. A qualidade não se degrada com o tempo, ao contrário do vídeo gravado em fitas e é possível
arquivar e manipular os arquivos com muito mais facilidade. Não é à toa que o SBT está investindo pesado para digitalizar seu acervo de 100.000 horas de programação.

Depois das vantagens de se trabalhar com vídeo digitalizado, cabe falar um pouco sobre os problemas. Imagine um vídeo com resolução de 720 x 576 e 16 bits de cor. Sem compressão, teríamos 1,35 MB por quadro, com 25 quadros por segundo teríamos
incríveis 33,75 MB/s! Mesmo 4 HDs IDE em RAID 0 teriam dificuldades em transmitir um fluxo de dados tão grande. Isso sem contar que duas horas de filme neste formato consumiriam incríveis 243 GB. Novamente, seriam precisos 4 HDs em RAID, agora para
armazenar o filme.

O trabalho do processador, por outro lado, seria muito pequeno pois ele teria apenas que enviar o vídeo para a placa de vídeo, não precisaria fazer nenhum trabalho de decodificação.

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