Arquiteturas

Nos primórdios da informática, nas décadas de 50, 60 e 70, vários fabricantes diferentes disputavam o mercado. Cada um desenvolvia seus próprios computadores, que eram incompatíveis entre si. Tanto o hardware quanto os softwares para cada arquitetura
não funcionavam nas outras. Isso causava uma ineficiência generalizada, pois cada fabricante tinha que desenvolver tudo, da placa-mãe ao sistema operacional.

No começo dos anos 80, os fabricantes começaram a se especializar. Surgiu então o PC que é uma arquitetura aberta, um conjunto de padrões que permite usar periféricos de vários fabricantes diferentes e roda vários tipos de sistemas operacionais.

O principal concorrente é a Apple, que produz os Macs. Ao contrário dos PCs, eles possuem uma arquitetura fechada. A Apple desenvolve tanto os computadores quando o sistema operacional.

Naturalmente muita coisa é terceirizada e várias empresas desenvolvem programas e acessórios, mas como a Apple precisa manter o controle de tudo e desenvolver muita coisa por conta própria, o custo dos Macs acaba sendo bem mais alto que o dos PCs. Isso
faz com que (embora tenham seus atrativos) eles sejam muito menos populares. Atualmente os Macs possuem menos de 3% do mercado mundial, o que significa uma proporção de mais de 30 PCs para cada Mac.

No início da década de 80, a concorrência era mais acirrada e muitos achavam que o modelo da Apple poderia prevalecer, mas não foi o que aconteceu. Dentro da história da informática temos inúmeras histórias que mostram que os padrões abertos quase
sempre prevalecem. Um ambiente onde existem várias empresas concorrendo entre si favorece o desenvolvimento de produtos melhores, o que cria uma demanda maior e, graças à economia de escala, permite preços mais baixos.

Como os micros PC possuem uma arquitetura aberta, ou seja, a possibilidade de vários fabricantes diferentes desenvolverem seus próprios componentes baseados em padrões já definidos, temos uma lista enorme de componentes compatíveis entre si. Podemos
escolher entre várias marcas e modelos os componentes que melhor atendam nossas necessidades e montar nossa própria configuração, de acordo com o uso.

Qualquer novo fabricante, com uma placa-mãe mais barata ou um processador mais rápido, por exemplo, pode entrar no mercado, é apenas uma questão de criar a demanda necessária. A concorrência faz com que os fabricantes sejam
obrigados a trabalhar com uma margem de lucro relativamente baixa, ganhando com base no volume de peças vendidas, o que é muito bom para nós que compramos.

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