Instalando os drivers da ATI

As placas da ATI já possuíam suporte 3D nos próprios drivers open-source incluídos no Xfree, porém o desempenho 3D dos drivers padrão é muito baixo. Inicialmente a ATI demonstrou pouco interesse em desenvolver drivers para o Linux, mas acabou recuando depois de ver que livre da concorrência a nVidia estava se posicionando como a escolha default para todos os usuários do Linux, que atualmente não são tão poucos 🙂

Os drivers oficiais podem ser baixados no: http://ati.com/support/driver.html

Parece que a ATI está tentando seguir o exemplo de drivers unificados da nVidia, pois o mesmo driver serve para todas as placas ATI Radeon 8500 em diante. Infelizmente os modelos anteriores, incluindo as Radeon 7500 e as All-in-Wonder Radeon, continuam não suportados e provavelmente continuarão assim, já que estas placas já foram descontinuadas.

Na página de download você terá a opção de baixar drivers para o Xfree 4.1 e o Xfree 4.2. Para saber qual está instalado no seu sistema, baixe o arquivo”Check.sh“, disponível na mesma página e rode-o (como root) com o comando “sh Check.sh“.

Os drivers disponíveis em Novembro de 2002 suportam oficialmente apenas o Mandrake 9.0 e o Red Hat 8.0 e são distribuídos apenas em formato RPM. É possível instala-los também no SuSe, Conectiva e outras distribuições que suportem arquivos RPM desde que a distribuição utilize o libc 6.2, o que pode ser confirmado rodando o Check.sh.

No Slackware você pode utilizar o programa rpm2tgz que converte o pacote para o formato do slackware, enquanto no Debian a conversão pode ser feita usando o alien, que pode ser baixado em: http://packages.debian.org/alien

A instalação do pacote é feita da maneira tradicional, usando o comando rpm -i ou rpm -ivh. O FAQ da ATI recomenda usar o comando “rpm -i –force pacote.rpm” para evitar que a instalação seja abortada nos casos em que já exista algum driver instalado.

Depois de instalar o pacote, você deve rodar o “fglrxconfig, o programa de configuração incluído no pacote que permite configurar várias opções relacionadas à placa, assim como no Windows.

Depois de configurar tudo basta reiniciar o X pressionando Ctrl+Alt+Backspace ou então reiniciar o micro para que o novo driver entre em ação. Embora não sejam completamente livres de problemas (como é de se esperar das primeiras versões de qualquer driver), os drivers da ATI oferecem suporte a várias extensões, incluindo as instruções 3D-Now! dos processadores AMD, além das extensões Xvideo e S3TC, necessárias para rodar alguns títulos, entre eles o Unreal 2003.

Vale lembrar que tanto os drivers da nVidia quanto os da ATI são fechados e distribuídos apenas em formato binário. É justamente por isso que os drivers não são incluídos diretamente nas distribuições. Outro efeito colateral é os drivers podem não funcionar em distribuições Linux menos conhecidas, já que os testes realizados pelos fabricantes se concentram geralmente no Red Hat, Mandrake e SuSe, que são as distribuições usadas por um maior número de de usuários.

Além das GeForce e ATI Radeon, as placas Matrox G400 e G450 também são bem suportadas, embora o desempenho seja fraco em relação às GeForce devido à diferença de desempenho entre os drivers open-source e os da nVidia. Até o vídeo onboard das placas com os chipset i810 e i815 da Intel podem prestar um bom trabalho, observados os limites de desempenho destes chipset de vídeo naturalmente.

Para testar seus drivers 3D, você pode começar rodando o TuxRacer, um joguinho 3D open source que acompanha as distribuições. Se ele não estiver instalado, procure pelo pacote no CD da distribuição ou use o comando “urpmi tuxracer” (no Mandrake). O jogo em sí é bastante simples, você é um Pinguin que desce a montanha de barriga e deve concluir os traçados no menor tempo possível e catar todos os peixes que aparecem pelo caminho, desviando dos obstáculos. Existem vários traçados diferentes e o jogo não é tão fácil assim. Os gráficos também são bem bonitos e a música é, bem, digamos que seja relaxante 😉

O TuxRacer é razoavelmente leve, uma TnT2 espetada num Celeron 366 por exemplo é capaz de gerar em média uns 30 FPS a 1024×768. Se o jogo ficar quadro a quadro significa que os drivers 3D não estão corretamente instalados. O arquivo de opções é criado dentro da pasta “tuxracer”, dentro do seu diretório de usuário, onde você pode alterar a resolução, os controles e brincar com os recursos 3D suportados pela sua placa.

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