A AMD se prepara para uma mudança significativa no mundo das placas de vídeo. As próximas GPUs Radeon devem estrear o padrão HDMI 2.2, oferecendo suporte a resoluções de até 12K a 120 Hz — um avanço considerável frente ao atual HDMI 2.1b, que atinge no máximo 48 Gbps de largura de banda. Segundo o leaker Kepler, as novas placas baseadas na arquitetura RDNA 5 — ou possivelmente UDNA — já estão sendo preparadas para operar com até 80 Gbps, quase dobrando o teto atual.
HDMI2.2 64G and 80G
— Kepler (@Kepler_L2) June 19, 2025
HDMI 2.2: o novo limite para TVs e monitores high-end
Com previsão de chegada ao mercado até o fim de 2025, o HDMI 2.2 é uma revolução em largura de banda e taxa de atualização. Ele promete até 96 Gbps, viabilizando resoluções 12K (12288 x 6480) e taxas de até 480 Hz — algo que pode interessar tanto aos entusiastas de cinema quanto aos gamers hardcore.
Na prática, a maioria dos monitores e conteúdos ainda está distante dessa realidade. No entanto, esse avanço prepara o terreno para TVs ultra premium e experiências de realidade aumentada com latência mínima e qualidade de imagem sem precedentes.
De RDNA a UDNA: a unificação que pode mudar tudo
Além do salto em resolução, a AMD sinaliza uma mudança mais profunda: a aposentadoria do nome RDNA. Em seu lugar, surge UDNA, uma nova arquitetura unificada que vai equipar tanto as placas Radeon (uso pessoal) quanto as Instinct (data centers).
Essa transição foi antecipada por Jack Huynh, vice-presidente sênior da AMD, que confirmou:
“Chamaremos de UDNA. Haverá uma arquitetura unificada, tanto para a Instinct quanto para o consumidor.”
A proposta é clara: simplificar o desenvolvimento e acelerar a adoção de tecnologias de IA em todo o ecossistema gráfico da marca. Na prática, GPUs gamers poderão herdar recursos até então restritos a ambientes profissionais, como aceleração para redes neurais, geração procedural e otimizações baseadas em aprendizado de máquina.
IA turbinada em placas Radeon: o trunfo contra a NVIDIA
Se a AMD cumprir sua promessa de unir as arquiteturas, o consumidor pode esperar placas com recursos de IA muito mais poderosos, o que seria um passo essencial para equilibrar a disputa com a NVIDIA — que vem liderando essa frente com DLSS, RTX Video Super Resolution e outras soluções.
A nova arquitetura também pode representar ganhos em eficiência energética e maior longevidade de suporte, já que um mesmo núcleo de hardware seria adaptado para diversos contextos — de desktops gamers a servidores de IA em nuvem.
